
Os efeitos da pandemia de coronavírus não se limitaram à crise sanitária. Desde março do ano passado, a maior parte dos setores da economia também tem enfrentado grandes problemas no aspecto da arrecadação. Entre eles, destacam-se as empresas que atuam no setor fitness.
De acordo com a 11ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia de Covid-19 nas Micro e Pequenas Empresas, as academias sofreram uma redução progressiva na margem de lucro. Em fevereiro deste ano, por exemplo, essa taxa estava 42% menor do que o normal. Já em maio – um mês depois – passou para 52%.
Os dados acima foram coletados e analisados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O respectivo levantamento mostra, ainda, que 72% dos gestores do setor estão com dificuldades em manter as portas abertas.

A pesquisa recém-publicada também aponta que, diante da crise financeira pela qual o país passa, os donos de academias são os que mais recorrem a empréstimos bancários (55%), com objetivo de conseguir manter o negócio operando.
Como as academias estão lidando com a crise fincanceira
Tendo em vista que as academias são espaços onde há contato físico, os governos estaduais emitiram diversos decretos ao longo dos últimos meses, que proibiam o funcionamento parcial, e às vezes integral, para conter a forte onda contaminação por Covid-19.
Acontece que, a partir daí, os desafios dos empreendedores que atuam neste setor se tornaram cada vez maiores. De um lado, há o aumento nos gastos para a compra de materiais de limpeza, a fim de realizar a higienização constante dos aparelhos. Do outro lado, tem a drástica redução na margem de lucros.
Afinal, não é mais possível receber o mesmo número de alunos nas unidades, já que foram implementadas normas de distanciamento social, necessárias para a segurança de todos. Em meio a tudo isso, se observa um movimento forçado de inovação, na tentativa de sobreviver aos obstáculos da atualidade.
Alguns estabelecimentos, por exemplo, passaram a oferecer treinos individualizados, com horário marcado. Outros optaram pela transmissão de aulas remotas, para que o aluno reproduza os exercícios em casa.
Projeção para os próximos meses
Segundo a pesquisa do Sebrae com a FGV, a possibilidade de melhora econômica para as academias é uma projeção em vista, mas que depende muito da agilidade do processo de vacinação no Brasil.
A última pesquisa que fizemos sobre o impacto da pandemia, junto com a Fundação Getulio Vargas, deixou explícito que apenas a abertura das empresas e a diminuição das restrições não são suficientes para recuperar o faturamento. Sem vacinação, não há retomada”, avalia Carlos Melles, presidente do Sebrae.
Vale lembrar que a suspensão dos protocolos de segurança e o retorno “à vida normal” com segurança só é possível depois que 70% da população brasileira estiver totalmente imunizada. Até o momento, o Ministério da Saúde informa apenas 13,7% das pessoas tomaram as duas doses da vacina contra a Sars-CoV-2.
Fonte: Agência Brasil.
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