Auxílio Brasil de R$ 400 tem o dobro do valor do Bolsa Família
Os assuntos relacionados ao novo Bolsa Família, que deve mudar para Auxílio Brasil, seguem sem conclusão, apesar de a equipe técnica federal estar se esforçando para resolver este assunto.
O governo federal insiste em fazer alterações constantes no programa, mesmo após um prazo superior a um ano para concluir o projeto.
Continue lendo esta matéria para saber o que pode ser alterado da gestão de Jair Bolsonaro.

Auxílio Brasil
Uma dessas alterações relacionadas ao programa está relacionada ao seu nome, que poderá mudar para Auxílio Brasil.
A mudança é um desejo antigo do atual presidente, Jair Bolsonaro, que desde quando começou no poder, tenta colocar fim ao tradicional programa petista.
Auxílio Brasil terá valor maior
Vale saber que essa não é a única intenção de Bolsonaro: há meses, ele menciona ofertar para os beneficiários um valor de R$ 300,00 mensais na transferência de renda.
No entanto, uma declaração do atual presidente, nesta semana, indicou a possibilidade de um novo valor. Desta vez, a ideia de Bolsonaro é elevar o valor do Auxílio Brasil para R$ 400,00, mais que o dobro oferecido hoje no programa Bolsa Família, que é R$ 192,00.
A menção sobre o aumento do Auxílio Brasil para R$ 400,00 surgiu após ele receber pressões políticas para realizar mais uma ampliação, diante da reformulação do programa de transferência de renda.
Para se justificar, Bolsonaro disse que sua equipe tem se empenhado para reunir informações que possam comprovar a capacidade do governo federal em custear a nova proposta.
Com isso daí, além de atendermos a população, a gente prepara o Brasil para voltar à normalidade”, ressaltou Bolsonaro.
Auxílio emergencial
É importante saber que a mensalidade de R$ 400,00 para o Auxílio Brasil é superior, até mesmo, às parcelas da rodada atual do auxílio emergencial.
Neste ano, o benefício paga as parcelas de R$ 150, R$ 250 e R$ 375, de acordo com as características de cada beneficiário.
O valor foi distribuído da seguinte maneira:
- R$ 150,00 para quem mora sozinho;
- R$ 350 para chefes de grupos familiares;
- R$ 375 para mães solteiras chefes de famílias monoparentais.
De acordo com o governo federal, as variações abaixo dos valores pagos em 2020 foram necessárias para se encaixar no Orçamento da União e possibilitar o retorno do auxílio emergencial em 2021.
No ano passado, entre abril e agosto, o benefício foi pago com parcelas de R$ 600,00.
Entretanto, após a renovação, de setembro e dezembro, as parcelas foram de R$ 300,00.
Mas, é importante ressaltar que em ambas as etapas, as mães solteiras chefes de família tinham direito à cota dupla, portanto receberam R$ 1.200,00 e R$ 600,00, respectivamente.
Sobre o novo Bolsa Família
Interlocutores de Jair Bolsonaro afirmam que o programa deve ser alterado para desvinculá-lo das gestões do Partido dos Trabalhadores.
É importante lembrar que o Bolsa Família é marca registrada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que reduziu a extrema pobreza em cerca de 25% no país desde 2003.
Sob a direção de Bolsonaro, o programa deve ser rebatizado como Auxílio Brasil.
Há pelo menos cinco anos, o ritmo de enfrentamento da fome e da pobreza no país diminuiu.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 revela que a insegurança alimentar teve ter um aumento de 33,3% em relação a 2003 e de 62,2% em relação a 2013. Isso mostra que a situação já era pior que ao início do governo Lula.
A pandemia agravou esse cenário.
Conforme dados do Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia, da Freie Universität Berlin, na Alemanha, 125,6 milhões de brasileiros sofreram com insegurança alimentar em 2020.
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