
Os bancos digitais têm atingido o público mais jovem e isso pode ser devido a forte presença na internet e nas redes sociais.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ipec, encomendada pelo C6 Bank, no mês de abril, 51% dos jovens brasileiros entre 16 e 24 anos já usavam mais as novas empresas financeiras digitais, se comparadas com as tradicionais para as operações do dia a dia, como saques, depósitos e pagamentos.

Jovens tem usado mais os bancos digitais
Essa estratégia foi pensada pelas empresas para garantir maior adesão de clientes novos. Isso porque iniciando com a faixa mais jovem eles iriam, eventualmente, compartilhar as novas descobertas do mundo financeiro com seus familiares e com os amigos mais velhos, garantindo que essa faixa etária se tornasse um cliente dos bancos digitais.
Vale saber que o uso das redes sociais e os influenciadores digitais, contratados para divulgação das marcas, foram alguns dos fatores que contribuíram na hora de atingir esse público.
Porque os bancos digitais são mais atrativos?
A principal resposta é porque eles não cobram tarifas, pois, como eles não possuem uma estrutura física de atendimento presencial, é possível enxugar os custos.
No entanto, isso não significa, necessariamente, que o atendimento seja inferior: 41% dos consumidores com conta em bancos digitais dizem que estar totalmente satisfeitos. Já entre os entrevistados com conta em instituições convencionais, esse percentual é de 25%.
É importante lembrar que os bancos digitais chegaram ao mercado oferecendo produtos bancários isentos de taxas em aplicativos simples e acessíveis para todas as faixas etárias.
Uma análise feita pela Proteste compara 70 contas-correntes no país e mostra que a economia para quem adere a opções com menos taxas chega a R$ 994,00 por ano.
Pandemia
A crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19 também afetou a popularidade dos bancos digitais, já que a praticidade proporcionada por essas institucionais fez com que eles se tornassem uma opção muito procurada.
De acordo com o estudo da Ipec, 36% dos entrevistados afirmaram que abriram uma conta em banco digital desde o início da pandemia. Além disso, 78% deles passaram a usar mais suas contas digitais nesse período e 17% estão há mais de um ano sem ir a uma agência física, devido à pandemia.
A necessidade de isolamento social e de cortar gastos no orçamento acelerou a migração da população para os bancos digitais.
Além disso, outro impulsionamento veio do auxílio emergencial, que podia ser transferido para os bancos digitais antes do prazo previsto.
Quando analisamos o histórico de um consumidor digitalizado, vemos que a trajetória natural para o ambiente digital começa pelas redes sociais, passando por e-commerce, para então chegar ao mundo financeiro. Com a pandemia, o digital tornou-se vital e as pessoas tiveram que fazer essa migração de forma mais rápida”, explica Maxnaun Gutierrez, head de pessoa física e produtos do C6 Bank, em entrevista para o site UOL.
Cartão de crédito
Entre os usuários de cartão de crédito, os bancos digitais também são as melhores opções para os brasileiros: os dados mostram que 45,6% dos consumidores usam principalmente os cartões de instituições digitais em pagamentos e compras, em paralelo com os 49% que continuam utilizando os cartões de bancos tradicionais. Essa pesquisa entrevistou 2.000 pessoas.
Analisando os dados da pesquisa, é possível perceber que a digitalização é um caminho essencial para que as instituições físicas continuem garantindo a entrada de novos clientes, além de oferecer praticidade e facilidade em momentos adversos, como durante a pandemia.
A pesquisa do C6 Bank/ Opec foram feitas pela internet entre os dias 22 e 28 de abril de 2021, com dois mil brasileiros das classes A. B e C, com acesso à internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Fonte: UOL