Consumidor está mais confiante e gastando mais em 2021
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 4,7 pontos em junho, para 80,9 pontos. Este é o maior valor deste de novembro de 2020, quando era de 81,7 pontos, de acordo com as informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Essa foi a terceira alta consecutiva depois de reduzir em março, mantendo a trajetória de recuperação.
Vale saber que pelas médias móveis trimestrais, o índice subiu 4,2 pontos após seis meses consecutivos de queda.

De acordo com o levantamento da FGV, houve melhora na percepção dos consumidores atuais e das expectativas em relação aos próximos meses.
Sob a ótica das famílias, a percepção é de melhora da situação atual e também das perspectivas futuras. Pela primeira vez desde julho do ano passado, a intenção de compras de bens duráveis avança de forma mais expressiva, o que parece relacionado a um maior otimismo em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que existam diferenças entre as faixas de renda”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Veja o gráfico do FGV divulgado pelo site do G1:

O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,9 pontos, para 71,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 5,9 pontos, para 88,3 pontos, ambos atingem o maior patamar desde novembro de 2020, mas ainda baixo em termos históricos.
De acordo com a FGV, o indicador que mede o ímpeto de compras para próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento de confiança em junho ao subir 11,1 pontos, para 64,6 pontos, o maior nível desde novembro de 2020 (69,5).
Mas, é importante saber que o indicador ainda está baixo, se comparado com os níveis pré-pandemia de Covid-19. Entre janeiro de 218 e fevereiro de 2020, o valor médio dos indicados para fazer compras previstas de duráveis foi de 82,7 pontos.
A análise por faixas de renda apresentou melhoras da confiança em todas as faixas de renda, destacando os consumidores com maior poder aquisitivo com renda acima de R$ 6.600,00, cujo ICC aumentou 4,6 pontos para 89,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020.
Já, se comparados com as pessoas com renda até R$ 2.100,00, o patamar subiu para 74,1 pontos.
Incertezas
Mesmo com a confiança dos consumidores, as incertezas relacionadas à economia brasileira vêm caindo.
A economista do Ibre/ FGV, Anna Carolina Gouveia, disse para o site Gazeta do Povo, que as campanhas de imunização e a reabertura de diversas economias mundiais contribuíram para a queda consecutiva.
A continuidade das campanhas de imunização, associada à ligeira melhora dois números da pandemia no Brasil em maio e à reabertura gradual de diversas economias mundiais parecem ter contribuído para a segunda queda consecutiva do nível de incerteza. Olhando à frente, a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19 e a possibilidade de novas medidas de restrição à mobilidade podem ameaçar esta tendência de queda nos próximos meses”, contou durante a entrevista.
O indicador de incerteza calculado pela instituição ainda não recuperou da forte alta, que foi registrada em março do ano passado. No entanto, a tendência é que o indicado, que estava em 119,9, em maio, possa cair um pouco mais.
Para o superintendente de estatísticas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/ FGV), Aloisio Campelo Jr., em entrevista para o site Gazeta do Povo, um fator adicional poderá inibir quedas maiores à frente: a perspectiva de uma campanha eleitoral tensa.
Com isso, o indicador de incertezas ficaria acima do patamar de 115 pontos, vigente entre os anos de 2015 e 2019, quando o país perdeu o grau de investimento, houve impeachment de Dilma Rousseff, o aprofundamento da Lava Jato, as turbulências internas do governo Michel Temer e a greve dos caminhoneiros.
Fontes: G1 e Gazeta do Povo
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