Inflação sobe 0,87% em agosto e chega ao pior patamar dos últimos 21 anos
Foi ao supermercado e teve a impressão de que os preços estão subindo? Pois, é… não é só impressão, é a inflação!
Segundo dados divulgados pelo IBGE, a inflação oficial de preços no Brasil saltou 0,87% no mês de agosto. Esta é a maior alta para o mês desde 2000.
O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, apresentou uma desaceleração em relação à variação de 0,96% nos preços no mês de julho.
Considerando essa variação, o índice oficial de preços acumula uma alta de 9,68% nos 12 meses encerrados em agosto, patamar mais de quatro pontos percentuais superior ao teto da meta estabelecida pelo governo para o IPCA deste ano, de 5,25%.
Apenas nos oito primeiros meses do ano, a variação do índice é de 5,67%.

O que influenciou a alta da inflação?
A nova alta da inflação foi influenciada novamente pelo preço dos combustíveis, sendo que os aumentos foram:
- Etanol: +4,5%
- Gasolina: +2,8%
- Gás veicular: 2,06%
- Óleo diesel: 1,79%
Com esses avanços, o grupo de transporte teve a maior alta de preços do período, de 1,46%.
Segundo André Filipe Guedes Almeida, analista responsável pela pesquisa, comenta que o preço da gasolina permanece influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras.
O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final, comenta.
Só em 2021, a gasolina acumula alta de 31,09%, o etanol de 40,75% e o diesel de 28,02%.
Além disso, ainda no campo dos transportes, houve outros aumentos, como:
- Veículos usados: +1,98%
- Veículos novos: +1,79%
- Motocicletas: +1,01%
Já nos transportes públicos, houve queda de 1,21%, enquanto as passagens aéreas caíram 10,69%. Os preços do transporte por aplicativo subiram 3,06%.
Conta de luz também registra aumento
A conta de luz, dessa vez, subiu em ritmo menor e registrou alta de 1,10% em agosto.
Segundo André Filipe Guedes Almeida, os reajustes tarifários em Vitória, Belém e em uma das concessionárias em São Paulo, contribuíram para o resultado. Além disso, deve se levar em conta a manutenção da bandeira vermelha patamar 2, que adiciona R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos.
Alimentos e bebidas
Por fim, o segundo maior impacto do mês veio do setor de alimentos e bebidas, com aumento de 1,39%.
A variação positiva ocorre com a alta de 1,63% no custo da alimentação em casa, principalmente por conta da alta dos preços de:
- Batata-inglesa: +19,91%
- Café moído: +7,51%
- Frango em pedaços: +4,47%
- Frutas: 3,90%
- Carnes: +0,63%
Porém, alguns alimentos tiveram baixas, como foi o caso da cebola, com 3,71% de queda e o arroz, com 2,09%.
Já para quem se alimenta fora de casa, os destaques ficaram por conta do lanche, com aumento de +1,33% e da refeição, com 0,57%.
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