IPTU 2021 MG: Prefeitura de Juiz de Fora adia pagamento das parcelas do imposto
Pagamentos do IPTU referentes aos meses de abril, maio e junho passam a ser cobrados apenas no segundo semestre de 2021. A medida foi adotada pela prefeitura a fim de amenizar os impactos da segunda onda da pandemia da Covid-19.
IPTU 2021 MG
A Prefeitura de Juiz de Fora, localizada em Minas Gerais, optou por adiar o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano de 2021.
Sendo assim, os contribuintes pagarão as três primeiras parcelas deste ano somente nos meses de outubro, novembro e dezembro.
As cobranças do IPTU não sofrerão com acréscimo de juros ou com a aplicação de multa e ainda poderão ser parceladas.
O anúncio foi feito na última terça-feira, 6, durante coletiva de imprensa realizada com os secretários da Fazenda, Governo, Desenvolvimento, Comunicação Social, bem como a liderança do governo na Câmara e o presidente da Câmara Municipal.
Pandemia da Covid-19
A medida adotada pela prefeita da cidade, Margarida Salomão, filiada ao Partido dos Trabalhadores, tem como objetivo reduzir os impactos socioeconômicos causados pela pandemia do novo coronavírus.
O IPTU é um imposto cobrado anualmente e, geralmente, pode ser pago à vista e com desconto ou de forma parcelada.
O valor do IPTU é obtido conforme a multiplicação do valor venal do imóvel por uma alíquota instituída por lei e que varia de acordo com as finalidades de uso, sejam comerciais ou residenciais.

Diante desse novo cenário a secretaria da Fazenda solicitou que os contribuintes suspendam os pagamentos das parcelas de abril, maio e junho.
A expectativa da prefeitura é que haja melhora no cenário econômico conforme o avanço da vacinação e que os contribuintes consigam quitar os tributos exigidos.
Vale ressaltar que mesmo diante de um cenário pandêmico a taxa de coleta de resíduos sólidos e iluminação pública devem ser pagas pelos moradores de Juiz de Fora, pois são consideradas despesas fixas.
Projeto de Lei
Durante a coletiva de imprensa, Margarida também anunciou um Projeto de Lei que pretende conceder anistia fiscal ao IPTU dos anos de 2016 até 2020.
O PL deverá ser encaminhado para a Câmara, mediante a formulação das secretarias da Fazenda e do Desenvolvimento.
A pretensão do documento é reduzir o número de inadimplentes e, consequentemente, eliminar dívidas ativas por parte de diversos contribuintes que não puderam quitar os valores no passado.
Se o Projeto de Lei for aprovado pela Câmara, os contribuintes que estão em situação de inadimplência poderão contar com descontos para quitar o montante total da dívida com valores entre 10% e 25% de acordo com as condições de pagamento.
A ação da prefeitura visa diminuir o número de cidadãos com dívida ativa em Juiz de Fora. Além disso, a medida pode aumentar os valores de arrecadação enquanto é aplicado o adiamento do IPTU.
Isenção IPTU
O município de Juiz de Fora concede a isenção do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano para grupos específicos de contribuintes.
Nesse caso, é necessário entrar com um requerimento de isenção e atender às exigências da prefeitura. São elas:
- Ser aposentado ou pensionista;
- Ser servidor público;
- Ser ex-combatente ou cônjuge sobrevivente;
- Ser viúva ou viúvo;
- Entre outros.
O requerimento deve ser feito entre os meses de janeiro e junho e o pedido deve ser protocolado até 60 dias após o registro do imóvel.
Além disso, pode ser necessário apresentar documentos capazes de comprovar que o indivíduo se enquadra nos critérios de competência determinados pela prefeitura.
Ações comunitárias
Além das condições de isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano determinadas pela prefeitura, o vereador Luiz Otávio Coelho, filiado ao Partido Social Liberal, propõe que as associações comunitárias que atuam nos bairros no município também sejam isentas da cobrança.
De acordo com o vereador a proposta tem como objetivo assegurar o bem-estar e o convívio dos moradores mediante a centralização de responsabilidades por parte de associações.
Luiz afirma ainda que a proposta segue as disposições da Constituição Federal por propor a legislação de assuntos de interesse local.
No entanto, por cogitar remissão tributária e não apresentar os possíveis impactos orçamentários diante da aplicação da isenção às associações de moradores, a proposta pode prejudicar os cofres municipais.
Diante desse impasse, entre uma boa proposta e questões orçamentárias, a proposta do vereador será analisada pela Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara e seguirá tramitando até que seja apreciada em plenário.
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