IPVA, IPTU, Matrícula Escolar… Quais as principais contas do início de ano? Como se planejar? Veja dicas

As contas do início de ano sempre são motivo de preocupação. Logo após as férias e festas de final de ano, os consumidores precisam se organizar rapidamente, para pagar os boletos em dia e evitar de criar dívidas para o restante do ano. 

Tudo isso deve ser feito com cautela e planejamento, pois os impostos devem ficar mais caros em 2022, seguindo as consequências financeiras da pandemia de covid-19, como a alta da inflação. Antes de mais nada, é necessário entender quais são as principais contas do início do ano. 

As mais comuns são: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), matrícula escolar, material escolar, seguros e, claro, as dívidas e pendências do ano anterior. 

IPVA

IPVA, IPTU e matrícula escolar são algumas das principais contas do início de ano. Veja dicas para pagá-las. (Imagem: Pixabay / Divulgação)

O IPVA é calculado pelo valor do veículo, no caso de automóveis novos, ou do valor venal dele, quando os carros já são usados, multiplicado pela alíquota do imposto, que varia de estado para estado. Confira quais são as taxas atualmente:

• São Paulo (SP): 4%
• Rio de Janeiro (RJ): 4%
• Minas Gerais (MG): 4%
• Espírito Santo (ES): 2%
• Paraná (PR): 3,5%
• Rio Grande do Sul (RS): 3%
• Santa Catarina (SC): 2%
• Goiás (GO): 3,75%
• Distrito Federal (DF): 3,5%
• Mato Grosso do Sul (MS): 3,5%
• Mato Grosso (MT): 2%
• Alagoas (AL): 3%
• Pernambuco (PE): 3%
• Rio Grande do Norte (RN): 3%
• Bahia (BA): 2,5%
• Ceará (CE): 2,5%
• Maranhão (MA): 2,5%
• Paraíba (PB): 2,5%
• Piauí (PI): 2,5%
• Sergipe (SE): 2,5%
• Amazonas (AM) : 3%
• Amapá (AP): 3%
• Roraima (RR): 3%
• Pará (PA): 2,5%
• Acre (AC): 2%
• Rondônia (RO): 2%
• Tocantins (TO): 2%

As probabilidades são altas para que o IPVA fique mais caro em 2022, como consequência do aumento preço dos veículos durante a pandemia de covid-19, a falta de peças no mercado, como é o caso dos semicondutores e por conta da supervalorização dos veículos usados. Essa é uma das contas do início de ano que vai merecer atenção financeira especial no ano que vem. 

IPTU

O IPTU deve ser pago todos os anos por proprietários de casas, prédios ou estabelecimentos comerciais em cidades. Ademais, ele é de responsabilidade municipal. O cálculo do imposto é feito com base no valor venal do imóvel, com a adição de alíquotas, descontos e acréscimos definidos pelos municípios. 

Em alguns casos, os cidadãos conseguem isenção da cobrança do IPTU. Contudo, é válido fazer uma pesquisa no site da Prefeitura da cidade para verificar quais são os critérios do benefício. Normalmente, aposentados e pessoas em estado de vulnerabilidade social, que têm imóveis com baixo valor venal, conseguem a isenção. 

Matrícula escolar

Em 2020, por conta da pandemia de covid-19, muitas famílias deixaram de matricular seus filhos em escolas particulares de ensino para evitar gastos. Conforme a consultoria escolar Rabbit, em 2020, o mercado teve uma queda de 34% de matrículas. Apesar disso, o setor deve ter alta no próximo ano. 

Identificamos um crescimento de 40% da demanda por escolas privadas nos últimos meses.”, afirma Christian Coelho, CEO da consultoria. 

Por esse motivo, as famílias precisam estar atentas aos valores das matrículas, que devem aumentar para compensar os prejuízos e investimentos em tecnologia que as instituições de ensino precisaram fazer nos últimos anos. Neste caso, a negociação de valores e a busca por bolsas de estudo são as melhores opções. 

Como utilizar bem o salário em 2022 para pagar as contas do início de ano?

Com tantas contas do início de ano, muitas delas ficando mais caras, o consumidor precisa estar com a educação financeira em dia. Além disso, já é necessário se preparar: os salários não devem acompanhar o mesmo ritmo da inflação, que está acelerada nos últimos meses. 

Ademais, o Governo Federal já anunciou que o salário mínimo de 2022 deve ficar em torno de R$1.210,00. Esse valor não apresenta ganho real, com afirma o Edson Zedebski, professor de finanças do ISAE Escola de Negócios.

Não se pode perder de vista a realidade dos fatos, pois tal projeção estará apenas cumprindo o que é estabelecido pela Constituição Federal, ou seja, acompanhar a inflação acumulada com o objetivo de manter o poder de compra, sem qualquer ganho real. A grande questão a considerar é que, sem aumento real, há uma significativa defasagem que está se acumulando e certamente causa dificuldades cada vez maiores para as famílias de baixa renda. E para completar o cenário, estamos vivendo um período no qual o aumento da inflação tem sido contínuo”, destaca.

Nesse sentido, o especialista dá algumas dicas de como usar o salário com consciência:

• Se possível, faça uma reserva financeira para arcar com despesas não previstas; 
• Compare preços e experimente marcas menos conhecidas; 
• Fique atento a promoções em estabelecimentos próximos de casa ou do trabalho; 
• Aproveite o horário final de feiras livres, pois nele quase todos os produtos são vendidos por um preço mais baixo.
• Enfim, compre produtos de limpeza em embalagens maiores e redistribua em embalagens menores, diluindo com água; 

Escrito por

Marina Darie

Formada em Jornalismo pela PUCPR. Atualmente está cursando Pós Graduação em Questão Social e Direitos Humanos na mesma instituição de ensino. Tem paixão por informar as pessoas e acredita que a comunicação é uma ferramenta que pode mudar o mundo!