INSS: Margem de empréstimo consignado pode aumentar novamente – agora para 45%! Confira!
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão contar com margem maior para tomar empréstimo consignado.
No entanto, isso só acontecerá quando o presidente Jair Bolsonaro sancionar o projeto de aumento aprovado pelo Congresso na semana passada.
Continue lendo para entender melhor este assunto!

Empréstimo consignado
Atualmente, os aposentados e pensionista podem comprometer até 35% da própria renda mensal para pagar as parcelas debitadas em seus benefícios, sendo 30% com empréstimos pessoais e 5% para débitos relativos a despesas ou saques com cartão de crédito.
A proposta que foi aprovada no Congresso eleva a margem do empréstimo pessoal para 35% e mantém a do cartão em 5%, mas amplia para um total de 40% da renda a capacidade de endividamento dos beneficiários.
Essa mudança vai mexer no bolso do segurado da Previdência Social e para explicar melhor como isso ocorrerá, o consultor do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), Wagner Souza, calculou para o site Agora São Paulo, como ficam os valores referente às parcelas, pagamento de juros e endividamento de beneficiários com diferentes rendas, caso eles decidam pedir um novo empréstimo pessoal consignado de 35%.
Conforme as simulações, apesar de o teto da taxa de juros mensal de 1,80% estar abaixo das aplicadas em outras modalidades de crédito, o contratante que pedir um empréstimo consignado para pagar no prazo máximo de 84 meses, terá que pagar quase o dobro do valor emprestado.
Para você entender melhor, um aposentado que ganha o piso de R$ 1.100,00 e comprometer sua 35% da sua renda, com 84 parcelas de R$ 385,00, ele colocará em seu bolso R$ 16.609,00, mas ao final do contrato, ele terá pago ao banco R$ 32.340,00, quase 95% a mais do que ele emprestou.
Tempo de pagamento do empréstimo consignado pode deixar a dívida mais cara
O consultor do Ieprev afirma que o fator principal para que o valor da dívida seja tão alto é o tempo de pagamento.
“As simulações que nós fizemos consideram o prazo máximo para pagamento, que é de 84 meses. A taxa, por mais baixa que ela possa parecer, no decurso do tempo, eleva bastante a dívida”, explica.
Os empréstimos com o acréscimo de 5% na margem de consignados, poderão ser solicitados até 31 de dezembro deste ano.
Vale saber que o projeto também autoriza os bancos e instituições financeiras a concederem carência de 120 dias para os novos contratos e antigos, mas é importante ficar atento, pois a aplicação de juros durante o período em que o segurado não está pagando as parcelas é mantida.
É importante lembrar também que em outubro de 2020, o governo já havia autorizado a ampliação da margem consignável como uma das medidas para amenizar os impactos econômicos da pandemia de coronavírus.
A ampliação que também era de 40% da renda dos beneficiários vigorou até o final do ano.
Para o presidente do Ieprev, Roberto de Carvalho Santos, a ampliação da margem de empréstimo consignado é benéfica quando ela é utilizada para o pagamento de empréstimos com juros mais altos.
Entretanto, ele conta que, na prática, não é o que acontece.
“Em uma situação como a que o país está, com muitas pessoas sendo colocadas em situação de miséria pela pandemia, o endividamento do aposentado ocorre para atender necessidades do seu grupo familiar”, revela Santos.
Ele afirma que o governo pode oferecer uma alternativa para evitar que a renda dos aposentados seja comprometida: retomar, o mais rápido possível, o pagamento do auxílio emergencial para as pessoas sem trabalho e renda.
Entenda como fica o empréstimo consignado com a nova margem
As simulações apresentam até quando o aposentado ou pensionista pode pegar emprestado, de acordo com sua renda, valor das parcelas, total de dívida e quanto ele pagará de juros.
O cálculo apresentado abaixo é para empréstimo pessoal consignado, que terá a margem de 35% do benefício, pagamento em 84 parcelas e teto de juros de 1,80% ao mês.
Benefício: R$ 1.100
Margem consignável sobe de R$ 330 para R$ 385:

Empréstimo: o que ainda vale e o que muda?
- O aposentado pode comprometer até 30% do valor mensal do seu benefício, independentemente do número de contratos que possui;
- A proposta aprovada pelo Congresso aumenta a margem do salário que pode ser comprometida com o empréstimo para 35%;
- A taxa máxima de juros do empréstimo é de 1,80% ao mês e a dívida pode ser parcelada em 84 meses. Isso não muda;
- O segurado pode fazer até nove contratos de empréstimo pessoal, desde que o valor total das parcelas respeite a margem consignável.
O que saber antes de emprestar dinheiro?
É importante consultar quanto do benefício já comprometeu e quanto ainda pode contratar por mês.
A consulta pode ser feita no portal ou no aplicativo MEU INSS, informando seu CPF e senha.
Caso seja necessário, o e-mail deverá ser informado para receber um código de validação.
Fonte: Agora São Paulo
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