Novo aumento de preços em 2021 é previsto com a inflação a 8,35%
A inflação vai subir ainda mais. O mercado financeiro subiu a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pela vigésima quarta semana neste ano. Vale saber que a previsão para a taxa básica de juros em 2021 também foi elevada.
Continue lendo para entender as previsões do Banco Central para este e para o próximo ano!

Inflação é elevada, segundo relatório do Banco Central
Essas previsões podem ser conferidas no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco central. Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de cem instituições.
Para este ano, a média das previsões para o IPCA, a inflação oficial do Brasil está em 8,35%, ante 7,11% há um mês. Para 2022, a estimativa subiu de 3,93% para 4,10% no período.
No entanto, o centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75. Pelo sistema vigente no país, ela será cumprida caso fique entre 2,25% e 5,25%.
Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação, 7,5%.
Saiba que a meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e para alcançá-la, o Banco Central precisa reduzir ou elevar a taxa básica de juros da economia.
Vale lembrar que no ano passado, o IPCA foi pressionado pela alta dos preços dos alimentos e ficou em 4,52, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Esta foi a maior inflação anual desde 2016.
Para o próximo ano, o mercado financeiro subiu a estimativa de inflação de 4,03% para 4,10%. Esta foi a nona alta seguida do indicador.
Em 2022, a meta central de inflação é de 3,50% e será cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
Produto Interno Bruto x inflação
Entretanto, após algumas semanas em queda, os economistas do mercado financeiro mantiveram o crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 5,04% para este ano. Há um mês, o crescimento projetado era de 5,27%.
É importante lembrar que o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Sua função é medir a evolução da economia.
Já para o próximo ano, a estimativa para o PIB recuou pela terceira semana consecutiva: de 1,72% para 1,63%. Há quatro semanas o número era 2%.
Em setembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o “barulho político”, resultado do discurso de carácter golpista do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de 7 de setembro, poderia desacelerar o ritmo de crescimento da economia brasileira.
Taxa básica de juros
O boletim “Focus” revelou também que o mercado financeiro subiu a previsão para a Selic no fim de 2021, de 8% para 8,25%. Desta forma, os analistas passaram a estimar uma lata maior nos juros neste ano.
Em março, na primeira elevação, em quase seis anos, a taxa básica da economia foi aumentada pelo Banco Central para 2,75 ao ano.
No mês de maio, Copom elevou os juros para 3,5% ao ano. Já em junho, a taxa avançou para 4,25% ao ano. Na semana passada a taxa subiu para 5,25% ao ano.
Para o fim do próximo ano, os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa para a taxa Selic de 8% a 8,5%. Isso pressupõe alta do juro básico da economia em 2022.
Outras estimativas
- Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 ficou estável em R$ 5,20. Para o próximo ano, avançou de R$ 5,20 para R$ 5,23% por dólar;
- Balança Comercial: o saldo da balança comercial (que é o resultado do total de exportações menos as importações), a projeção para este ano recuou em US$ 71 bilhões para US$ 70,7 bilhões de resultado positivo.
- Para 2022, a estimativa dos especialistas do mercado ficou estável em US$ 63 bilhões de superávit;
- Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros direitos no Brasil em 2021 recuou de US$ 51,15 bilhões para US$ 50 bilhões. A estimativa para 2022 permaneceu em US$ 65 bilhões.
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