NUBANK: mais de 1 milhão de clientes já investiram em CRIPTO; vale a pena?

Alexandre G. Peres

26/07/2022

Em cerca de três semanas, mais de 1 milhão de clientes do Nubank investiram em criptomoedas, um resultado acima do previsto pelo banco digital, que esperava alcançar este marco apenas um ano após o lançamento.

No final de junho, noticiamos aqui no No Detalhe que o Nubank havia permitido a compra e venda de criptomoedas, como o Bitcoin e o Ether, diretamente através do aplicativo. Os investimentos podem ser feitos a partir do valor mínimo de R$ 1,00 e a transação acontece através da Paxos, exchange especializada em criptomoedas, dispensando o uso de carteiras externas — o que foi visto como uma vantagem por muitos, já que facilita a transação, mas foi visto com receio por parte de investidores mais experientes, uma vez que é como se o investidor não tivesse a posse da moeda, indo contra a ideia de descentralização das criptos.

Apesar dos receios e polêmicas, a novidade foi muito bem recebida pelos clientes do Nubank, que já ultrapassam a marca de 1 milhão de adeptos.

Nubank: mais de 1 milhão de clientes já investiram em cripto; vale a pena? (Imagem: Divulgação/Nubank)

Nubank: mais de 1 milhão de clientes já investiram em cripto; vale a pena? (Imagem: Divulgação/Nubank)

Thomaz Fortes, líder do setor de criptomoedas do Nubank, comentou a alta adesão dos clientes em nota oficial: “essa extraordinária conquista de 1 milhão de clientes no mundo cripto em tão pouco tempo mostra que estamos no caminho certo, bem posicionados e em linha com nosso propósito de democratizar as criptomoedas e proporcionar ao cliente acesso a novas oportunidades financeiras“.

A plataforma de investimento em criptos foi lançada no Nubank em fase experimental em maio desse ano, com apenas alguns poucos clientes tendo acesso. Ela só foi liberado para os 60 milhões de clientes do banco no mês passado.

Nubank quer expandir criptomoedas ofertadas

No momento, apenas duas criptomoedas estão sendo comercializadas no Nubank: o Bitcoin, principal criptomoeda do mercado, e o Ether. Porém, graças à alta adesão dos clientes, o banco planeja incluir outras criptos na lista.

Começamos com cartões, depois lançamentos a NuConta, viemos com seguros, investimentos, cripto. Vamos criar outras unidades de negócios mais para frente“, afirmou David Vélez, cofundador e atual CEO do Nubank.

Uma possibilidade é o Nubank passar a oferecer a chamada “tokenização de ativos“, ou seja, a transformação de um ativo real em um ativo digital, fragmentado em unidades criptografadas conhecidas como “tokens”. Essa inovação se tornou possível graças à popularização da tecnologia conhecida como “blockchain”.

Embora a tokenização de ativos ainda tenha uma certa resistência por parte de grande parte dos investidores, ela vem ganhando espaço em corretoras e bancos, como na Mercado Bitcoin e, mais recentemente, no próprio Itaú, que anunciou há alguns dias o lançamento da Itaú Digital Assets, tokenizadora que converterá ativos reais em represetanções digitais.

Investimento em criptomoedas requer cuidado

Embora o investimento em criptomoedas esteja se tornando cada vez mais popular, a prática requer cuidado, em especial por parte daqueles que estão dando seus primeiros passos no mundo dos investimentos.

Além de ser um investimento pensado a longo prazo, o mercado cripto tem seus riscos. O próprio Bitcoin, criptomoeda mais popular entre as disponíveis hoje, vem vivendo dias sombrios: em 12 de novembro de 2021, o Bitcoin estava valendo R$ 351.572,48; hoje, 26 de julho, ele está valendo R$ 111.889,22, o que representa uma queda de aproximadamente 68%.

Portanto, caso esteja planejando aproveitar o Nubank para investir em Bitcoin, recomendamos que vá devagar, procure entender o funcionamento do mercado cripto e esteja preparado para possíveis perdas a curto e médio prazo.

Para entender os riscos das criptomoedas, confira nossa reportagem especial sobre o brasileiro que ganhou R$ 16 milhões com a DogeCoin, mas acabou perdendo tudo após uma entrevista feita por Elon Musk.

Alexandre G. Peres
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Alexandre G. Peres

Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.

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