PicPay anuncia compra do aplicativo Guia Bolso: saiba o que muda

O Picpay sacudiu o mercado financeiro hoje anunciando a compra do aplicativo Guia Bolso. 

Segundo especialistas, a fintech viu no portal de finanças pessoais uma forma de se expor ao chamado open banking, que em breve entrará em vigor no Brasil. 

Além disso, o PicPay tem apresentado um bom crescimento, atingindo a marca de 55 milhões de usuários.  Agora, a empresa visa rentabilizar a base de clientes e fazer a abertura para capital no exterior. O Guia bolso chega, justamente para ajudar nessa função.  

PicPay e Guia Bolso: como explorar o Open Banking com a compra 

Como dito, um dos objetivos da empresa com a aquisição do aplicativo é explorar o Open Banking. 

O vice-presidente de serviços financeiros do PicPay, Eduardo Chedid, disse, em entrevista para a Reuters, que a aquisição deve posicionar a fintech como protagonista do open banking: 

A aquisição visa posicionar o PicPay como protagonista do open banking , além de acelerar a nossa operação de marketplace financeiro, que já conta com cartão, crédito pessoal e empréstimo entre pessoas.

O executivo também revelou que os sócios fundadores do Guiabolso, Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, assumirão uma participação minoritária no PicPay.

Alvarez, entretanto, será o diretor de open banking. Ele tem participação fundamental no processo, pois, ajudou a construir uma empresa que usa inteligência de dados para oferecer orientação financeira a, pelo menos, 6 milhões de pessoas. 

O que é o Guia Bolso 

O aplicativo Guia bolso, hoje, além de oferecer uma forma de organização financeira pessoal, o app também se aventura nos segmentos de crédito, seguros e investimentos pessoais.

Para dar respaldo aos funcionários, todos os cerca de 200 colaboradores do Guiabolso serão integrados aos 3 mil colaboradores do PicPay. 

Agitação no meio financeiro 

A transação demostra a agitação do meio financeiro diante das inovações conduzidas e autorizadas recentemente pelo Banco Central. 

No mês passado, a Goldman Sachs Asset Management investiu R$ 2,1 bilhões na fintech Meu Tudo. Enquanto isso, no ano passado o Nubank comprou a Easynvest, e já começou a oferecer produtos por meio da corretora.

Porém, o PicPay adiou sua oferta pública inicial de ações – conhecida como IPO – nos Estados Unidos para 2022 ou 2023. A ideia inicial era abrir capital ainda em 2021, mas a companhia encontrou dificuldades para a listagem.

Informações da coluna Broadcast, afirma que não foi possível seguir na operação por conta da rigidez na governança corporativa. Ainda de acordo com a coluna, investidores norte-americanos pediram um desconto maior à empresa por conta de sua administração, diretamente ligada à J&F, dos irmãos Batista. 

Vale ressaltar que os irmãos Batista estavam envolvidos em recentes escândalos de corrupção. Por isso, o valuation estimado da empresa teria caído de US$ 25 bilhões para menos de US$ 8 bilhões, uma baixa de quase 70%. 

Agora, a meta da companhia é alcançar 100 milhões de usuários até o fim do ano de 2023. 

Além de, como dito, conseguir rentabilizar a base, sendo que a maior necessidade da financeira é de caixa, considerando que a empresa teve prejuízo de R$ 803 milhões no acumulado de 2020.

O que muda para usuários do PicPay? 

Ainda não foram anunciadas mudanças para os usuários do Pic Pay. Porém, é possível que eles passem a ter mais algumas funções e benefícios vindos do Guia Bolso.

As informações são doPortal Suno.