Pix: Serviço terá uso de QR Code para agendamento de cobranças e pagamentos
O Banco Central informou hoje (22) que, a partir de julho, o Pix permitirá que seus usuários usem QR Code para agendar cobranças e pagamentos de contas em data futura.
No entanto, antes que se torne oficial, o Banco Central disse que haverá um tempo de transição para que as instituições e seus clientes se adéquem ao novo modelo.

A data da transição será entre 14 de maio de 30 de junho. Dentro desse limite, as instituições participantes do Pix poderão possibilitar para seus clientes, a leitura e o pagamento na leitura do QR Code com todos os encargos e abatimentos calculados corretamente.
“Esse é um período transitório, que dá as instituições um tempo adicional para finalizar as adequações nos sistemas. A partir de 1º de julho todos os participantes precisam ser capazes de fazer a leitura do QR Code e possibilitar o pagamento do QR Code para data futura”, informou a instituição.
Como funcionará o pagamento via QR Code?
O novo recurso não obrigará o usuário estar conectado à internet, já que será possível efetuar pagamentos e transferências, de forma segura, através do QR Code.
Confira o passo a passo do pagamento através da nova funcionalidade:
- Abra o aplicativo que terá sua tela disponível, mesmo offline;
- Aponte para o QR Code do estabelecimento;
- O aplicativo pedirá uma senha ou outra forma de garantir a segurança do consumidor;
- Depois que isso for definido, será disponibilizado um QR Code offline para conclusão da transação pelo estabelecimento;
- Nessa etapa, basta o estabelecimento ler o QR Code através da câmera e enviar as informações da transação para as instituições de origem, e concluir o procedimento.
Pix: transferências agendadas
De acordo com o Banco Central, a partir de setembro será permitido agendar transferências de recursos para uma data futura, que não esteja relacionada com o pagamento de boletos ou contas.
A instituição informou que a nova medida visa ampliar a comodidade dos usuários e garantir que o Pix seja agendado.
“Desde o lançamento do PIX, em novembro de 2020, essa é uma funcionalidade facultativa, e entende-se que este seja um prazo razoável para que todas as instituições façam os ajustes necessários nos seus sistemas e interfaces (aplicativos e internet banking). Tal medida visa ampliar ainda mais a comodidade dos pagadores, garantindo, que todos os usuários, independente da instituição que possuem conta, possam agendar um PIX”, revelou o Banco Central.
Como usar o Pix?
A opção do Pix pode ser encontrada dentro do aplicativo do seu banco ou instituição financeira, além de canais como internet banking e caixas eletrônicos.
Para usar o sistema de transferências e pagamentos do Pix, o usuário pode utilizar os dados da conta, da mesma forma que no TED ou DOC, QR Code e também as chaves Pix, que pode ser número de celular, CPF/ CNPJ/ e e-mail, por exemplo.
Segundo os dados do Banco Central, em 2021, cerca de 286 milhões de operações foram efetuadas através desta solução até o mês passado.
Pix e auxílio emergencial
O Banco Central aprovou também uma medida que garante aos usuários que recebem auxílio emergencial, a possibilidade de movimentar o valor via Pix a partir da próxima terça-feira (30).
A única exceção será para os casos de transferência para conta de mesma titularidade. Ou seja, o beneficiário não poderá transferir o valor do auxílio emergencial para outra conta, seja corrente ou poupança, que tenha seu nome.
Em nota, a instituição informou que essa medida visa a proteção do usuário, já que “tais recursos não podem ser objeto de descontos ou de compensações que impliquem a redução do valor do auxílio”, revelou.
No início deste mês, o Banco Central há havia liberado a integração do Pix com listas de contatos de usuários de celulares, com o objetivo de facilitar a identificação de quem já usa o sistema.
Evolução contínua
O Banco Central prevê para o próximo semestre outras implementações no roadmap do Pix, que incluem a integração para permitir pagamentos por aproximação, além da integração com o QR Code para possibilitar a realização de transferências via Pix, mesmo quando o pagador estiver offline.
Além disso, o roadmap estuda a possibilidade de saques via Pix, no segundo semestre de 2021.
Desta forma, o aplicativo ampliará sua acessibilidade para se estabelecer como o principal meio de pagamento e transferências do país.
Deixe seu comentário