Preço do etanol, gasolina e diesel são os que mais aumentaram com a inflação: veja ranking
Não é novidade que estamos vivendo o pior momento da inflação: é só sair na rua que é possível ver a alta (exagerada) de preços.
No mês de agosto, a inflação subiu 0,87%, em comparação com julho. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Neste ano, o acumulado chegou a 5,67% e entre os preços que mais aumentaram estão os combustíveis.

Inflação, inflação e inflação
É importante lembrar que nos últimos oito meses deste ano, o preço da gasolina sofreu alta em sete deles. A única exceção foi no mês de abril, quando houve uma queda de 0,44%.
No mês de agosto, o preço da gasolina subiu de novo, desta vez, 2,8%. É importante trazer a memória que os outros combustíveis também tiveram alta no mesmo mês: etanol (4,5%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%).
É válido saber que a pressão dos combustíveis fez com que o setor de transportes tivesse o maior peso na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O que faz os preços aumentarem?
A taxa da inflação acumulada até agosto, que chegou a 5,67% é a maior taxa para o mês desde 2015, de acordo com os dados do IBGE.
É importante destacar que alguns itens subiram muito acima dessa taxa, como vimos acima, e que foram influenciados por diversos fatores.
No caso dos alimentos, por exemplo, a seca vem pesando sobre os preços e ainda sugere que novos preços devem ser sentidos nos próximos meses.
Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar também teve influência, ao tornar mais vantajoso vender para o exterior do que dentro do Brasil, reduzindo a oferta para os brasileiros.
Saiba que o dólar também pesa fortemente sobre os combustíveis, já que a política da Petrobras é baseada nos preços internacionais, em dólar.
O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final”, apontou o analista da pesquisa de preços do IBGE, André Filipe Guedes Almeida, em entrevista ao G1.
O analista da pesquisa destaca quem em apenas oito meses, o preço da gasolina sofreu alta em sete deles e que somente em abril houve queda no preço do combustível, de 0,44.
De acordo com o analista, os transportes tiveram o maior peso entre os noves grupos pesquisados entre os meses de outubro de 2019 e maio de 2020.
Desde então, a alimentação estava com o maior impacto na inflação, representando 19,97% do IPCA, enquanto os transportes respondiam por 19,85%.
Apesar de os alimentos já estarem no grupo de maior impacto na inflação nos últimos anos, no mês passado, os transportes registraram 20,87% do IPCA, enquanto a alimentação 20,83%.
Veja os itens que mais tiveram aumento nos seus preços no acumulado do ano:
- Pepino: 78,51%;
- Abobrinha: 72,90%;
- Pimentão: 58,18%;
- Etanol: 40,75%;
- Revista: 34,72%;
- Gasolina: 31,09%;
- Gás veicular: 30,12%;
- Óleo diesel: 28,02%;
- Açúcar refinado: 27,11%;
- Fubá de milho: 25,05%;
- Mandioca (aipim): 24,93%;
- Repolho: 23,82%;
- Gás de botijão: 23,79%;
- Melão: 22,14%;
- Açúcar cristal: 20,15%;
- Pneu: 19,59%;
- Mudança: 19,22%;
- Material hidráulico: 18,57%;
- Pá: 18,29%;
- Peixe-cavala: 18,21%;
- Gás encanado: 17,88%;
- Filé mignon: 17,72%;
- Café moído: 17,72%;
- Manga: 17,66%;
- Frango em pedaços: 17,09%;
- Peixe-curimatã: 16,81%;
- Revestimento de piso e parede: 16,48%;
- Músculo: 16,36%;
- Açúcar demerara: 16,05%;
- Ferragens: 15,87%;
- Margarina: 15,86%;
- Esponja de limpeza: 15,41%;
- Carne de carneiro: 15,39%;
- Alimento para animais: 15,16%;
- Videogame (console): 13,99%;
- Feijão mulatinho: 13,49%;
- Acém: 13,49%;
- Feijão-macáçar (mulatinho): 13,44%;
- Televisor: 13,21%;
- Patinho: 13,12%;
- Alface: 12,62%;
- Joia: 12,60%;
- Limão: 12,03%;
- Fígado: 12,00%;
- Costela: 11,98%;
- Agasalho feminino: 11,96%;
- Pão de forma: 11,93%;
- Leite fermentado: 11,60%;
- Refrigerador: 11,58%;
- Serviços de streaming: 11,52%.
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Fonte: G1
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