Estudo confirma eficácia das vacinas de Oxford e Pfizer contra variante Delta
A variante Delta, originada na Índia, tem causado muita preocupação entre líderes e profissionais de saúde do mundo todo – e não é à toa. Acontece que a mutação detectada na cepa do coronavírus o tornou ainda mais contagioso, podendo acelerar em demasiado o ritmo de propagação da doença.
Além disso, como a descoberta é recente, surgiram diversas dúvidas acerca da eficácia das vacinas que estão sendo aplicadas no mundo. E caso fosse provado que as fórmulas disponíveis hoje não apresentam capacidade de imunização contra a cepa indiana, o mundo teria que se preparar para um cenário pior.
A renomada revista de ciência New Englad Journal of Medicine, no entanto, em edição publicada na última quarta-feira (21), foi responsável por trazer notícias de alívio. Um estudo confirmou que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer BioNTech e pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca possuem eficácia também contra a variante Delta.
É preciso mencionar que, ainda de acordo com o estudo, essa eficácia está diretamente ligada à continuidade do esquema de imunização. Em outras palavras, se a pessoa tomar apenas a primeira dose, a proteção não passa de 36%. Já com a dose de reforço é possível obter proteção em até 88% (Pfizer) ou 67% (AstraZeneca).

Também na tarde de ontem (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta alegando que a variante Delta, detectada primeiro na Índia, já está circulando em outros 124 países.
Outras variantes identificadas no mundo
As variantes do coronavírus, assim como de outros vírus, surgem em decorrência de alterações genéticas na cepa do agente infeccioso. A Delta foi encontrada na Índia, a princípio, mas há pesquisas que apontam para outras variantes, surgidas no Reino Unido, na África do Sul, e inclusive no Brasil, que ainda estão sendo monitoradas.
Nos tópicos a seguir você poderá entender quais são as principais características de cada uma delas.
1. Variante Alfa – Reino Unido (B.1.1.7)
A variante que se originou no Reino Unido (B.1.1.7) é chamada de Alfa. A constatação desta cepa foi feita pela primeira vez em setembro do ano passado. De lá para cá, foram contabilizadas 17 mutações em relação à versão primária do coronavírus, sendo que 8 estão relacionadas com a proteína S. É justamente essa proteína que torna o vírus capaz de fazer conexões com as células humanas.
2. Variante Beta – África do Sul (B.1.351/B.1.351.2/B.1.351.3)
Corresponde à variante da África do Sul (B.1.351/ B.1.351.2/ B.1.351.3), popularmente chamada de Beta. Ela foi registrada em outubro de 2020 e também manifesta mutações na proteína S. Como resultado disso, observa-se maior potencial de transmissibilidade.
3. Variante Gama – Brasil (P.1/P.1.1/P.1.2)
A variante que foi detectada, primeiramente, nos brasileiros (P.1/P.1.1/P.1.2) é denominada Gama. O registro da sua cepa ocorreu em dezembro do ano passado. Ao todo, foram percebidas 17 mutações desde então. Dessas, 12 são na proteína S. As 3 restantes são localizadas no receptor da proteína.
Fontes: Veja, DW, Viva Bem e Tua Saúde.
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