Funcionário é DEMITIDO do NUBANK por motivo inusitado; entenda

Alexandre G. Peres

17/08/2022

Na última terça-feira (16), um ex-funcionário do Nubank resolveu compartilhar em seu perfil no LinkedIn, rede social voltada para o mercado de trabalho, um relato sobre a sua demissão do Nubank.

Segundo Igor Ferreira, que trabalhou no Nubank por 1 ano e 6 meses, sendo seu último cargo o de People Growth Enabler | Sr. Learning & Development Manager, o banco resolveu demiti-lo nada mais nada menos por ele ser “sênior de mais”.

Entenda melhor o caso nesta matéria especial do No Detalhe.

Demitido do Nubank por ser “sênior de mais”

Sênior de mais para os objetivos e rumos da área e não encontrarmos nenhum outro desafio ou projeto pra você aqui“, menciona Igor Ferreira como a justificativa apresentada pelo Nubank para a sua demissão. Segundo ele, a responsável por anunciar sua demissão foi Deborah Gouveia Abi-Saber, na época Head de D&I da empresa e atualmente Head de Cultura, Performance e Liderança.

Sênior” nada mais é do que o cargo mais alto na hierarquia, acima do nível Júnior (profissional no começo de carreira, assumindo funções mais fáceis) e Pleno (profissional já com certa maturidade, entre 5 e 10 anos de experiência). No caso do nível Sênior, os profissionais geralmente têm mais de 10 anos de experiência na área e possuem um profundo conhecimento e conseguem dar conta de tarefas mais complexas e decisivas para a empresa.

Em outras palavras, segundo Igor, o Nubank o demitiu por ele ser preparado demais para o cargo, não encontrando situações que fossem desafiadoras o bastante para ele.

Tive meu contrato rescindido com este argumento pela empresa que se posiciona e canta aos quatro ventos sua ‘cultura’ de Diversidade, Inclusão e Gestão de Talentos, mas pelo menos fui elogiado como Sênior de mais. Fofos, né gente? 🥰“, escreveu no LinkedIn.

Na publicação original, Igor também menciona que é “preto, LGBT+, pcd” (pessoa com deficiência), sugerindo que essas características também podem ter motivado a decisão do banco. Ele chega a fazer um alerta para que as minorias não se deixem levar “por toda essa maquiagem bonita de diversidade e inclusão gourmetizada” e deseja “força” a Helena Bertho, diretora global de diversidade e inclusão do Nubank. Porém, horas depois ele excluiu esse trecho por estarem associando a demissão a um caso de racismo/homofobia, o que não aconteceu segundo ele.

Apesar de bastante decepcionado, o profissional afirmou que a experiência na empresa foi “engrandecedora”: “Uma das experiências mais engrandecedoras, porém paradoxalmente também a mais DECEPCIONANTE que tive a oportunidade de vivenciar na minha carreira, que começou cedo, aos 12 anos“.

O relato vem ganhando repercussão nas redes sociais. Confira a postagem na íntegra:

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Alexandre G. Peres

Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.