8 mentiras que te contaram sobre o TITANIC

Eduardo Peres

03/01/2023

Quando você pensa na palavra “navio”, você muito provavelmente deve pensar no Titanic, o navio mais famoso de todos os tempos. Tendo afundado na sua primeira (e última) viagem, o transatlântico sempre despertou a curiosidade de muitas pessoas ao redor do mundo, e teve a tragédia retratada em filmes, livros etc. Mas você sabia que existem várias teorias da conspiração que existem sobre o naufrágio? Exatamente, aqui no No Detalhe você poderá conhecer 8 delas, e nós garantimos para você que nenhuma delas é verdadeira!

8 – O Titanic nunca foi denominado como “inafundável”

Quem já ouviu falar do navio com certeza já escutou que ele é “inafundável”, mas é difícil acreditar nisso, já que o Titanic naufragou justamente na sua primeira viagem. Embora houvesse pessoas que realmente acreditassem que o navio nunca fosse afundar, a White Star Line, a companhia proprietária do navio, nunca utilizou a palavra “inafundável” enquanto divulgava seu mais novo transatlântico.

Sempre que uma notícia sobre o navio aparecia nos jornais, a palavra “inafundável” era sempre acompanhada de “quase” ou “praticamente”, o que significava que o navio não era totalmente à prova de afundamento.

Houve também um rumor de que um homem, chamado Albert Franklin, que na época trabalhava para a White Star Line, disse em uma manchete que o Titanic realmente nunca afundaria, mas acredita-se que isso não seja verdade, pois Franklin só foi citado pela primeira vez nos jornais horas depois que o navio havia afundado, o que leva a acreditar que o rumor que o Titanic fosse realmente inafundável tivesse surgido depois da tragédia.

7 – O navio afundou por causa de uma maldição

Essa história diz que uma múmia amaldiçoada, chamada Amen-Ra, havia sido colocada a bordo do navio e que seria levada para Nova York para que fosse cuidada por um arqueólogo. Mas, obviamente, essa história não é verdade, pois o documento que lista toda a carga que o Titanic estava carregando na noite em que ele afundou não contém nenhuma múmia, sarcófago, ou qualquer outra coisa do tipo.

Acredita-se que a história tenha surgido graças a dois homens: William Stead e Douglas Murray, que haviam espalhado a história da múmia amaldiçoada no início do século 20. Embora a múmia realmente exista, o museu em que ela está agora afirma que não há nenhum tipo de maldição que circunda a tal múmia.

6 – O Titanic foi afundado propositalmente

Uma outra teoria diz que o navio foi afundado propositalmente por um americano milionário chamado John Pierpont Morgan. A história conta que Morgan queria eliminar 3 passageiros que estariam a bordo do navio, que eram contra as suas atividades e visões sobre as reservas de dinheiro dos EUA, e também sobre o sistema bancário do país.

Embora Morgan pudesse ter tentado sabotar o navio de alguma forma, não há evidências de que ele realmente chegou a tanto. Além disso, Morgan iria sim viajar no Titanic, mas ele cancelou os planos para a viagem de última hora.

Embora ele tivesse cancelado a sua viagem, nada aponta que ele realmente tivesse feito isso porque ele sabia que o navio iria afundar. Na verdade, ele provavelmente o fez por causa das novas leis francesas sobre a importação de arte para os EUA (caso você não saiba, o Titanic viajou para a França antes de partir para Nova york), o que afetaria as suas compras de obras de arte, e, por causa disso, Morgan decidiu não viajar no navio.

5 – Mensagem misteriosa no casco do navio

Durante a construção do navio, os trabalhadores, que segundo a teoria eram católicos, haviam encontrado uma mensagem no casco do navio que havia aparecido misteriosamente. A mensagem continha os números 3909 04, que poderia significar “NO POPE”, ou “sem Papa”, em português.

Com isso, os trabalhadores provavelmente interpretaram a mensagem como um mau presságio, indicando que uma tragédia aconteceria. Mas, na realidade, nunca houve relatos de que uma mensagem do tipo tivesse sido escrita no casco do navio, e, além disso, a grande maioria dos trabalhadores que construíram o Titanic era protestante e não católica.

4 – Não havia binóculos a bordo do navio

Uma outra teoria diz que não havia nenhum par de binóculos a bordo do navio, o que impossibilitou os dois vigias no mastro dianteiro do navio de avistarem o iceberg com antecedência.

Mas, na verdade, o que as pessoas a bordo do navio não sabiam é que realmente havia binóculos no Titanic, mas eles estavam trancados dentro de um armário, e não havia nenhuma chave a bordo para abri-lo. E como sabemos disso? Porque os binóculos foram removidos dos destroços em 1994.

3 – A banda do Titanic nunca tocou “Nearer My God, to Thee”

Algo que é retratado em todos os filmes da tragédia é que a banda do navio tocou a música Nearer My God, to Thee, ou em português, “Mais Perto Meu Deus, de Ti”, durante os momentos finais do naufrágio, para tentar acalmar os passageiros que não tinham escapado do navio.

Embora não haja como desmentir isso, há como duvidar da veracidade dessas afirmações: primeiro porque nenhum membro da banda sobreviveu ao naufrágio, fazendo com que seja impossível confirmar isso.

Segundo porque houve sobreviventes que disseram que os músicos tocaram uma música chamada “Song d’Automne”, uma valsa britânica popular na época.

E, por fim, porque há versões diferentes do hino religioso, o que poderia indicar que os músicos tocaram uma versão que nem todos os passageiros reconheceriam. E, mesmo que a banda tivesse tocado o hino, hoje em dia é impossível confirmar isso.

2 – O Titanic estava tentando alcançar um recorde de velocidade

Na época em que o Titanic havia sido lançado, os meios de transporte estavam ganhando cada vez mais inovações, e os veículos que conseguissem alcançar maiores velocidades traziam prestígio e fama para as suas empresas. A mesma coisa se aplica ao transporte naval, pois, pouco antes do Titanic ter sido lançado ao mar, transatlânticos da Cunard Line, empresa rival da White Star Line, haviam estabelecido um recorde de velocidade de 26 nós, o que dá cerca de 40 km/h.

A velocidade máxima que o Titanic alcançava era de 21 a 24 nós, afinal, o transatlântico havia sido construído não para ter velocidade, mas sim o máximo de luxo e conforto possível para oferecer aos seus passageiros, e, para isso, o tamanho do Titanic em comparação a outros navios mais velozes era significante.

Essa teoria de que o navio estava tentando estabelecer um recorde de velocidade pode ser desmentida pelos seguintes fatos: , nem todas as caldeiras do navio estavam ativas no momento da colisão com o iceberg, o que limitou ainda mais a velocidade do navio. : a rota que o navio utilizou durante a viagem não era muito utilizada por transatlânticos, o que a tornava pouco conhecida, e, por causa disso, os navios viajavam em velocidades mais lentas.

1 – O Titanic nunca afundou

Essa história conta que a White Star Line havia trocado o Titanic pelo Olympic, o navio gêmeo do Titanic, quase idêntico a ele.

Em 1911, o Olympic havia sofrido uma colisão com um navio da marinha do Reino Unido, e como a companhia havia gastado muito para reparar o navio, ela havia decidido lançar uma cópia quase idêntica do Olympic, porém um pouco modificada, para ser afundada propositalmente para recuperar o dinheiro gasto para reparar o Olympic através do seguro oferecido pelo governo britânico, que iriam indenizar a companhia pela perda do novo transatlântico.

Embora o Olympic tenha realmente sofrido uma colisão com um navio da marinha britânica em 1911, essa teoria não faz sentido, porque a White Star Line gastou US$ 7,5 milhões de dólares para construir o Titanic, e o máximo que a companhia poderia receber através do seguro é US$ 5 milhões.

E outra coisa: não faz sentido gastar milhões para construir um navio do zero só para afundá-lo. O dinheiro que a empresa receberia do seguro não seria suficiente para cobrir os gastos de construção do transatlântico nem dos reparos do Olympic.

Eduardo Peres
Escrito por

Eduardo Peres

Redator da WebGo Content desde janeiro de 2022. Tenho interesse por assuntos como história, política, filmes, séries (preferencialmente de ação, aventura e ficção científica), além da literatura e pela tecnologia, principalmente por videogames.

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