Inflação faz iPhone custar 1 milhão em país da américa latina

Alexandre G. Peres

12/07/2022

As coisas definitivamente não estão boas para os nossos irmãos argentinos. No país, a inflação segue descontrolada, e um recente aumento de preço em um eletrônico tem chamado a atenção: na Argentina, um iPhone 13 Pro Max 256 GB Grafite, modelo lançado pela Apple em setembro do ano passado, está sendo vendido a incríveis 1.007.149 pesos, o equivalente a R$ 42.770,93.

Para fins de comparação, o salário mínimo na Argentina, desde junho, é de 45.540 pesos. O Iphone 13 Pro Max sendo vendido por mais de 1 milhão pode ser parcelado em 12 vezes sem juros de 83.929,08 pesos, ou seja, um pouco menos de dois salários mínimos por parcela.

Segundo o La Nación, o preço do iPhone 13 na Argentina equivaleria a US$ 3.844 no chamado “câmbio solidário“, que envolve a aplicação de uma tarifa especial sobre 30% do preço de venda da moeda americana. Com base no “dólar oficial”, o valor saltaria para US$ 8.037.

Inflação faz iPhone custar 1 milhão em país da américa latina (Imagem: Reprodução/Apple)

Inflação faz iPhone custar 1 milhão em país da américa latina (Imagem: Reprodução/Apple)

Já de acordo com Damián Di Pace, chefe da consultoria Focus Market, equipamentos como esse estão com os dias contados no país. Isso porque, dada a situação de crise do país, eles são considerados bons de luxo, e não há previsão de reposição.

Quando foi anunciado no ano passado, a previsão é de que o modelo chegasse à Argentina custando 534.999 pesos — a metade do preço atual. No Brasil, esse mesmo modelo pode ser encontrado por volta de R$ 7.868,56 (aprox. US$ 1.449,97).

Inflação tem feito argentinos armazenarem moedas estrangeiras

Há cerca de 20 anos, 1 milhão de pesos argentinos equivalia a cerca de US$ 1 milhão. Agora, US$ 1 milhão equivale a 127.588.300,00 pesos argentinos, o que ilustra bem a desvalorização e a queda do poder de compra da moeda.

Em 2021, a inflação anual da Argentina atingiu 50,9%. Em maio de 2022, ela já chegou a 60,7% de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec), o maior valor em 30 anos.

Por conta da crise no país, muitos argentinos estão optando por criarem poupanças utilizando o Boliviano, moeda nacional da Bolívia, país que vem tendo uma das menores inflações da região: 0,51% em 2021.

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Alexandre G. Peres
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Alexandre G. Peres

Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.

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