Novo Enem terá mudanças a partir de 2024. Entenda

Para se adequar ao novo ensino médio, Exame Nacional deverá ter novo formato em 2024. Saiba mais sobre as novas mudanças.


A partir de 2024, é possível que sejam verificadas grandes mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma nova proposta foi aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

As mudanças surgiram para adequar o Exame Nacional ao novo ensino médio, que possivelmente estará totalmente implantado em três anos.

Nesta matéria do NoDetalhe, você fica por dentro das mudanças propostas para o Enem 2024 e dos pontos polêmicos da nova mudança. Confira!

Entenda as mudanças no Enem 2024

Novo Enem terá mudanças a partir de 2024. Entenda
Para se adequar ao novo ensino médio, Exame Nacional deverá ter novo formato em 2024. Saiba mais sobre as novas mudanças. (Imagem: Pexels/Divulgação)

O CNE aprovou na última segunda-feira (14) um novo modelo para o Enem, que deverá ser implementado a partir de 2024. Ainda no ano passado, o Conselho teria aprovado um comitê para reformulação do modelo do Exame, no intuito de ajustá-lo ao novo ensino médio, que estará totalmente implantado daqui a três anos.

Atualmente, o Exame é composto de 180 questões de múltipla escolha, divididas entre as áreas de Ciências Humanas e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. A prova acontece em duas etapas (em semanas diferentes) e na primeira etapa os estudantes devem elaborar uma redação com tema revelado na hora.

A grande novidade no Enem 2024 é que essa divisão por disciplinas não existirá mais. As questões do novo modelo serão de formação geral, sendo avaliada principalmente a habilidade interpretativa do aluno.

Outra novidade prevista para o Enem 2024 é que a segunda etapa do Exame será focada na área de conhecimento escolhida pelo estudante, entre ciências humanas, ciências da natureza, linguagens ou matemática. Não haverá mais enfoque “conteudista”, dando ao estudante a chance de escolher uma área que corresponda ou esteja mais próxima ao curso que ele deseja ingressar no ensino superior.

Ainda devemos ressaltar que, a partir da edição do Enem de 2024, haverá questões discursivas, onde deve ficar evidente a interpretação e também a interdisciplaridade.

Esse novo modelo foi proposto tendo em vista que a reforma do ensino ensino, que inclusive já está em vigor, determina que, até 2024, escolas públicas e particulares devem reservar parte da carga horária (em média, 40% dela) para aulas de aprofundamento em áreas de conhecimento escolhidas pelos alunos. Assim sendo, os estudantes poderão optar por focar seus estudos em ciências humanas e linguagens, por exemplo.

Pontos polêmicos da mudança proposta

Entre os pontos mais polêmicos em torno da mudança proposta para o Enem 2024 e edições seguintes está o conteúdo da segunda etapa. Isso porque alguns especialistas do CNE chegaram a levantar a seguinte proposta:

  • ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), que classificaria alunos para cursos das engenharias, química, matemática, física e computação, entre outros;
  • ciências sociais aplicadas, para economia, administração, contabilidade, ciências sociais, direito etc.;
  • humanidades, linguagens e artes, para cursos de filosofia, história, geografia, artes, letras e pedagogia;
  • ciências biológicas e saúde, para medicina, enfermagem, fisioterapia, biologia, meio ambiente etc.

Porém, para o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), esse tipo de formatação acabaria por aumentar as desigualdades entre os candidatos do Enem. Por conta disso, e tendo em vista o novo formato do ensino médio, que permite ao estudante escolher a área de conhecimento que irá se aprofundar ao longo da formação, deixar livre para o candidato escolher a área de conhecimento no segundo dia do Exame foi a proposta que pareceu mais justa.

Também acabou sendo um ponto polêmico a mudança a prova de inglês. A princípio, a ideia seria que o inglês fosse avaliado separadamente no Exame.

Porém, o Consed determinou que, uma vez que o aproveitamento do idioma difere de um estudante para outro, pois nem todos possuem o mesmo nível de oportunidade de aprendizagem, o conhecimento de inglês será avaliado de forma interdisciplinar no primeiro dia do Exame. Ou seja, não haverá uma prova focada apenas no idioma.

Veja também: Por que o Brasil precisa comprar combustível?

Redatora WebGo Content e bacharelanda em Comunicação Organizacional na UTFPR.