A Copa do Mundo do Catar fez com que as atenções de pessoas em todo o planeta se voltassem ao país e ao Oriente Médio. Com isso, algumas questões deixam muitas pessoas curiosas, como o fato de sheiks serem muito ricos.
Mas por que os sheiks são tão ricos?
Se a gente pudesse resumir o motivo da riqueza dos sheiks árabes em apenas uma palavra, essa palavra seria “petróleo”. Afinal, no Oriente Médio estão alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo.
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A Arábia Saudita, por exemplo, é responsável por 12,5% da produção mundial de petróleo, produzindo cerca de 10 milhões de barris por dia. Para se ter uma ideia, a Saudi Aramco, estatal petrolífera do país, é a empresa mais lucrativa do mundo.
Além disso, outros países do Oriente Médio também aparece em posição de destaque entre os maiores produtores de petróleo no mundo, como os Emirados Árabes Unidos (4,1% da produção mundial), o Irã (3,5%) e o Kuwait (3%).
No caso específico do Catar, país sede da Copa do Mundo 2022, além da questão do petróleo, lá também está uma das maiores reservas de gás natural do planeta.
Como o país tem grandes fontes de riqueza e uma população pequena, de cerca de 2,8 milhões de pessoas, o Catar aparece como um dos países mais ricos mundo.
Segundo a lista da Global Finance, o PIB per capita do Catar, valor médio que cada pessoa ganha por ano, é de 112,7 mil dólares. Para efeito de comparação, o PIB per capita dos Estados Unidos em 2021 foi de 69,2 mil dólares.
Quem são os sheiks árabes?
Como de costume em vários lugares do mundo, toda essa riqueza não é distribuída de forma igual na sociedade, e o resultado é que muita gente fica bilionária por conta das reservas de petróleo e gás natural no Oriente Médio.
No caso dos sheiks (ou ainda “xeique” ou “xeque”), o termo diz respeito a um chefe de família árabe, de um clã ou de uma tribo, segundo o Collins Dictionary. Além disso, sheik também é aquele que conclui os estudos islâmicos, se especializando nos ensinamentos da religião Islã.
Por fim, nos dias atuais, o termo sheik se expandiu para a nobreza em países árabes, como o Catar. No país sede da Copa, por exemplo, os membros da família real costumam ser tratados como sheiks.
Em posições de destaque nos países do Oriente Médio, muitos sheiks ficam muito ricos com exploração de recursos que existem em abundância nestes lugares.
Nos últimos anos, alguns bilionários da região por questões “extravagâncias” luxuosas exibidas nas redes sociais e por aquisições de clubes de futebol da Europa, como o Manchester City (ING).
Sheiks mais ricos do mundo
A família real do Catar, os Al Thani, é a terceira dinastia mais rica do mundo, com um patrimônio total de aproximadamente US$ 335 bilhões.
Apenas o Emir do Catar, termo que vem do árabe e significa “comandante” ou “príncipe”, Tamim bin Hamad Al Thani, tem um patrimônio líquido de US$ 2 bilhões.
No entanto, alguns sheiks árabes são ainda mais ricos, conforme mostraremos na lista a seguir.
Abdulla bin Ahmad Al Ghurair
Abdulla bin Ahmad Al Ghurair é fundador e presidente do Mashreqbank, banco privado mais antigo dos Emirados Árabes Unidos. Segundo a Forbes, seu patrimônio líquido em janeiro de 2022 era de US$ 3,1 bilhões.
Mohammed bin Rashid Al Maktoum
Chamado de “sheik Mohammed”, o primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos desde 2006 e Emir de Dubai tem um patrimônio líquido de cerca de US$ 4 bilhões.
Salman bin Abdulaziz Al Saud
O Rei da Arábia Saudita tem um patrimônio estimado em US$ 18 bilhões segundo a publicação asiática South China Morning Post. De acordo com a agência Bloomberg, a fortuna vem das reservas de petróleo do país, segundo maior produtor do combustível fóssil no mundo.
Além disso, o site asiático ainda destaca que a fortuna da família da Casa de Saud, da qual ele é chefe, é avaliada em US$ 1,4 trilhão. Para efeito de comparação, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil é de US$ 1,6 trilhão.
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Felipe Matozo
Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
