Crédito Imobiliário pela Caixa deve crescer em 2022. Entenda os detalhes
Presidente da Caixa afirma que banco deve aumentar concessões de crédito imobiliário em 10% em 2022. Veja projeções da Caixa para este ano.
Segundo o presidente-executivo da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o banco deve aumentar em 10% o número de concessões de crédito imobiliário em 2022. Em entrevista à Reuters, Guimarães afirmou que o banco irá superar a marca de R$ 150 bilhões em concessões.
Além disso, o executivo também disse que a Caixa prevê uma desaceleração em relação a 2021, em meio ao ciclo de alta da Selic, a taxa básica de juros.
Em setembro do último ano, a Caixa contava com um estoque de financiamento no setor imobiliários de R$ 542 bilhões. Até aquele mês, o banco havia concedido R$ 104 bilhões em crédito imobiliário, 27,9% a mais que o ano anterior.
Com isso, a expectativa é que 2021 tenha fechado com cerca de R$ 135 bilhões em concessões no acumulado. Nesse caso, se a previsão da Caixa para esse ano se confirmar, haverá uma desaceleração.
Entre 2020 e o início do ano passado, a queda da taxa Selic para 2% ao ano impulsionou o crédito imobiliário no período. Entretanto, após o Banco Central começar a subir a taxa para tentar segurar a alta na inflação, o ritmo começou a perder força.
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Caixa tem taxa para crédito imobiliário menos que outros bancos
De acordo com dados da corretora Imobiliária Akamines, atualmente a menor taxa cobrada pela Caixa é de 8,3% ao ano + TR. Enquanto isso, o Santander Brasil cobra 9,99%, já no Bradesco e Itaú Unibanco ela é de 9,95%. Com isso, Guimarães acredita que a Caixa deve continuar aumentando os desembolsos em ritmo superior.
Além disso, o executivo afirma que a combinação entre aumento da inflação e do juro levou a uma “pequena alta” na inadimplência de financiamentos imobiliários do banco nos últimos meses. No entanto, a Caixa tem flexibilidade para negociar com o recebedor sem tomar o seu imóvel, segundo ele.
Mas de acordo com Guimarães, no momento o banco não considera abrir novas pausas no pagamento de prestações por conta da crise causada pela pandemia de covid-19.