Vale a pena fazer o Saque-Aniversário do FGTS com a alta da Taxa Selic?

Saiba mais a respeito do Saque-Aniversário do FGTS, possíveis aplicações que podem ser feitas com o valor do Fundo e mais!


Neste momento em que a taxa básica, ou Taxa Selic, está em 13,25% ao ano, os trabalhadores precisam tomar uma decisão em relação ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Será que o Saque-Aniversário é a melhor opção?

É importante conhecer melhor os cenários para saber se vale a pena fazer o Saque-Aniversário ou não.

A seguir, você fica sabendo como funciona o Saque-Aniversário do FGTS, se vale a pena optar por essa modalidade e mais. Confira!

Como funciona o Saque-Aniversário do FGTS?

Vale a pena fazer o Saque-Aniversário do FGTS com a alta da Taxa Selic?
Saiba mais a respeito do Saque-Aniversário do FGTS, possíveis aplicações que podem ser feitas com o valor do Fundo e mais! (Imagem: Reprodução/Internet)

O Saque-Aniversário é uma modalidade de saque lançada ainda em 2020 pelo FGTS. Ela permite que o trabalhador retire uma parte dos recursos existentes no fundo de garantia todos os anos, no mês do seu aniversário, como o nome sugere.

O valor da retirada depende do saldo total das contas do trabalhador, sendo calculado por um percentual, acrescido de um valor fixo determinado pela Caixa. É possível fazer uma simulação no aplicativo do FGTS para saber exatamente a quantia que o trabalhador pode receber com o Saque-Aniversário.

Na época em que a modalidade foi criada, a taxa básica de juros (Selic) estava em menos de 4% ao ano.

Nos dias de hoje, a Taxa Selic está em 13,25% ao ano. Nesse cenário, até aplicações de baixa rentabilidade, como a poupança, remuneram mais do que o próprio FGTS.

Tendo isso em vista, muitos trabalhadores estão tentados a retirar o dinheiro do fundo para fazer aplicações do valor em melhores investimentos. A seguir, você confere algumas aplicações, conforme simulação feita pela assessoria de investimentos de Luciana Ikedo.

Prazo FGTS Poupança Tesouro Selic Tesouro IPCA +
1 ano R$ 1.030,27 R$ 1.068,49 R$ 1.132,50 *
10 anos R$ 1.347,5 R$ 1.664,44 * R$ 2.103,13
20 anos R$ 1.815,74 R$ 2.685,36 * R$ 4.781,75

Caso o trabalhador faça a opção pelo saque-aniversário, ele deve saber que poderá retirar o dinheiro a partir do mês de nascimento até os dois meses seguintes. São três meses por ano para fazer o saque.

Afinal, vale a pena fazer o Saque-Aniversário do FGTS com a alta da Taxa Selic?

Considerando um cenário em que o trabalhador esteja considerando retirar o dinheiro para fazer diferentes aplicações, é importante ter em mente que, se optar por fazer a retirada do valor integral, estará abrindo mão do direito de receber o valor integral do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Considerando esse fato, retirar o dinheiro para aplicar em outros investimentos pode parecer uma opção bastante arriscada.

Até porque, se fizer a retirada total no Saque-Aniversário, caso o trabalhador seja demitido, então ele apenas terá direito sobre o valor referente à multa de 40% sobre o saldo da conta mais recente, que é aquela que o seu último empregador usou para fazer os depósitos durante o tempo em que esteve atuando na empresa.

As diferentes modalidades de saques do FGTS, entre o saque tradicional e o Saque-Aniversário, têm suas vantagens e desvantagens. Em todo caso, é importante saber que fazer a escolha de uma modalidade é uma tarefa que fica completamente sob a responsabilidade do trabalhador. Se vai valer a pena ou não, isso depende da aplicação que o trabalhador fará com o valor.

Depois de considerar esses fatores e enfim tomar uma decisão, o trabalhador deve passar a informação à Caixa Econômica, o que deve ser feito o mais cedo possível. Afinal de contas, o processo de migração entre uma modalidade e outra é demorado.

O que devo considerar na hora de decidir optar ou não pelo Saque-Aniversário?

Quando o trabalhador começa a pensar sobre trocar o saque tradicional do FGTS pelo Saque-Aniversário, ele deve considerar os seguintes pontos:

  • Comportamento financeiro;
  • Valor disponível nas contas do FGTS;
  • Existência de uma reserva financeira;
  • Tipo de investidor que o trabalhador é.

Acima de tudo, é importante saber qual será o uso do recurso, depois de fazer a retirada, para que o valor tenha um destino certo e que realmente irá valer a pena para o trabalhador.

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Redatora WebGo Content e bacharelanda em Comunicação Organizacional na UTFPR.