Candidato a presidente começa campanha em PRISÃO DOMICILIAR
Mesmo em prisão domiciliar, o ex-deputado Roberto Jefferson começa campanha para presidência. Entenda o caso.
O ex-deputado federal e candidato à presidência nas eleições de 2022 Roberto Jefferson (PTB) iniciou sua campanha em “home office”, pois está em prisão domiciliar desde janeiro.
Apesar de ser considerado inelegível pelo Ministério Público, Jefferson entrou na disputa pela presidência para servir de palanque ao presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem ele é aliado.
Além de estar em prisão domiciliar, o ex-deputado conhecido por ser o pivô do escândalo do mensalão não pode usar dinheiro público para promover sua candidatura.
Candidatura de Roberto Jefferson pode ser cassada
Apesar de estar trabalhando em sua campanha por meio de chamadas de vídeo, a candidatura de Roberto Jefferson à presidência pode ser derrubada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Atualmente, o ex-deputado aguarda a decisão do TSE para saber se realmente poderá participar da disputa. O Tribunal precisa julgar o pedido de registro da candidatura até 12 de setembro. Nesse meio tempo, Jefferson pode fazer campanha, desde que não saia de casa.
No entanto, nem mesmo as chamadas de vídeo que o ex-deputado já realizou com dirigentes do PTB estão autorizadas. Isso porque a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) pela prisão de Jefferson proíbe contato com qualquer pessoa que não seja de seu convívio doméstico.
Por que ele está inelegível?
O ex-deputado está inelegível por conta do mensalão, caso pelo qual ele foi condenado a mais de 7 anos de prisão em 2013.
Porém, Jefferson cumpre prisão domiciliar por ser suspeito de fazer parte de uma organização criminosa que atua para desacreditar o processo eleitoral, gerar animosidades na sociedade e “promover o descrédito de poderes da República”.
Além disso, o ex-deputado também é réu por crime de homofobia, calúnia e incitação ao dano contra o patrimônio público.
No evento do lançamento da candidatura de Roberto Jefferson à presidência, o deputado federal Daniel Silveira (PTB) afirmou que isso representa um “apoio ao presidente Bolsonaro”.
Em abril deste ano, o STF condenou Silveira a oito anos e nove meses de prisão. No entanto, Bolsonaro concedeu o instituto da graça ao deputado no dia seguinte para extinguir a sua condenação.
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