Anvisa mantém proibição de dispositivo que é febre entre os jovens

Dispositivo que foi alvo de uma nova proibição por parte da Anvisa é usado por 1 a cada 5 jovens de acordo com uma pesquisa recente.


Em votação unânime realizada nesta quarta-feira, 6 de julho de 2022, a Anvisa optou por manter a proibição do comércio, da importação e da propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil.

O cigarro eletrônico, também chamado de “vape“, é um dispositivo eletrônico com o formato de um cigarro no qual é depositado um líquido concentrado de nicotina, que é aquecido e posteriormente inalado pelo usuário. Além da nicotina, também é possível incluir sabores aromatizado.

O cigarro eletrônico vem se tornando cada vez mais popular no Brasil, especialmente entre os mais jovens. De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pelo Covitel, 1 a cada 5 jovens de 18 a 24 anos, especialmente homens, usam cigarro eletrônico no país.

Por que a Anvisa proibiu o cigarro eletrônico no Brasil?

Anvisa mantém proibição de dispositivo que é febre entre os jovens (Imagem: Ruslan Alekso/Pexels)
Anvisa mantém proibição de dispositivo que é febre entre os jovens (Imagem: Ruslan Alekso/Pexels)

A medida que proíbe o cigarro eletrônico no Brasil não é recente: ela já existe desde 2009. A decisão desta quarta-feira apenas fez a manutenção da medida, que continua valendo a partir de agora. Cristiane Jourdan, diretora da Anvisa responsável pelo setor relacionado à indústria de tabaco, afirmou que a liberação seria “tecnicamente inviável e potencialmente lesiva à saúde“.

Vendido frequentemente como uma forma de abandonar o tabagismo, por supostamente ser menos danoso à saúde, especialistas defendem que o cigarro eletrônico é sim nocivo à saúde e que ele funciona como uma espécie de porta de entrada ao tabagismo para crianças, adolescentes e jovens não-fumantes. A própria comercialização de sabores é considerada uma forma de atrair novos usuários.

Além disso, por ser algo bastante recente, há poucos estudos sobre os efeitos do cigarro eletrônico a longo prazo. Porém, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estes cigarros eletrônicos podem liberar mais de 80 substâncias através do vapor, com muitas delas sendo cancerígenas e com potencial explosivo, podendo causar problemas como danos no sistema respiratório e cardiovascular.

Outro diretor da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota, foi além e destacou a necessidade de adotar medidas de conscientização e combate à comercialização e à disseminação do cigarro eletrônico: “Não basta apenas manter a proibição já estabelecida pela Anvisa. Para, de fato, mitigar o risco e tornar eficiente a medida regulatória, devem ser empreendidas ações por outros órgãos e pela sociedade civil organizada, a exemplo de medidas educativas de combate ao comércio ilegal e à promoção desses produtos“.

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Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.