Bolsa Família: Bolsonaro afirma que média do benefício deverá aumentar para R$ 250
O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje que o Governo Federal deve propor em breve um aumento nas parcelas do Bolsa Família. A alta na mensalidade do programa social deve ser aplicada entre os meses de agosto e setembro. O valor pode chegar a até R$ 250,00.
Bolsonaro fez esse anúncio para apoiadores que estavam na entrada do Palácio da Alvorada. Ele afirmou que apesar da pandemia e da crise política que o Brasil enfrenta, a economia brasileira está caminhando bem.
“Só de Auxílio Emergencial no ano passado gastamos mais que 10 anos de Bolsa Família. Então, o PT, que fala tanto em Bolsa Família, hoje, a média é de R$ 192. O Auxílio Emergencial, eu sei que está pouco, mas é muito mais do que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250 em agosto ou setembro”, declarou o presidente.
Esse aumento pode mesmo acontecer?
Alguns dias antes do anúncio de presidente Jair Bolsonaro, o Ministro da Cidadania, João Roma já tinha afirmado que gostaria de reformular o Bolsa Família.
Roma fez essa declaração em entrevista ao programa de rádio “Direto ao Ponto”, nesta segunda-feira.
“Tenho conversado com o Ministério da Economia e já temos um desenho de por onde seguir, mas ainda preciso validar isso com o presidente. O auxílio emergencial gera uma economia que possibilitaria recursos para reforçar o Bolsa Família nos últimos cinco meses do ano, mas quando se faz isso você entra em um sistema de permanência, então aí o problema são as fontes de recursos para o futuro, para os próximos anos. Está bem claro que investir na área de assistência social gera um efeito positivo para o país, até mesmo no sentido econômico”, disse o Ministro.
Para Roma, o Bolsa Família não é mais uma forma de conquistar votos da parcela mais pobre da população. Ele acredita que o programa social deve ser liderado com transparência.
Auxílio Emergencial para beneficiários do Bolsa Família
O Governo Federal calcula que 10 milhões de pessoas que recebem o Bolsa Família podem receber o Auxílio Emergencial. Mais da metade são mulheres chefes de família, que têm direito a R$ 375,00 por mês.
O restante dos brasileiros, que se incluem nos dois programas federais, recebem parcelas de R$ 250,00 ou R$ 150,00.
Só tem direito aos dois benefícios pessoas que se enquadram nessa situação:
Se a quantia recebida pelo beneficiário do Bolsa Família for menor do que a que ele tem direito pelo Auxílio Emergencial, ele tem direito a integrar os dois programas. Apesar disso, ele para de receber o Bolsa Família enquanto recebe o auxílio.
De acordo com o Governo, mais de quatro milhões de pessoas não foram consideradas elegíveis para receber o auxílio em 2021. Dessa forma, “eles seguirão recebendo o valor habitual do programa. Segundo o que é previsto na legislação, o público do Bolsa Família recebe o Auxílio Emergencial desde que existam pessoas no grupo familiar que atendam aos critérios e o valor do auxílio seja maior que a quantia já recebida pelo Bolsa Família”, afirma o Ministério da Cidadania.
Ao receber as mensalidades, o cidadão pode movimentar o dinheiro pelo aplicativo Caixa Tem, para quem recebe o dinheiro pela conta poupança social digital.Pessoas que desejam sacar o benefício podem fazer isso pelo Cartão Bolsa Família ou Cartão Cidadão.
Confira em que pé está o calendário de pagamento do Auxílio Emergencial para integrantes do Bolsa Família:
NIS final 8:
Primeira parcela:28/04
Segunda parcela:27/05
Terceira parcela:28/06
Quarta parcela:28/07
NIS final 9:
Primeira parcela:29/04
Segunda parcela:28/05
Terceira parcela:29/06
Quarta parcela:29/07
NIS Final 0:
Primeira parcela:30/04
Segunda parcela:31/05
Terceira parcela:30/06
Quarta parcela:30/07
Como funciona o Bolsa Família?
O programa da da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) foi criado em 2003 e atua em três frentes: complemento da renda; acesso a direitos; articulação com outras ações para estimular o desenvolvimento das famílias.
Podem participar do Bolsa Família:
- Grupos familiares com renda por pessoa de até R$ 89,00 mensais;
- Famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais, se elas tiverem crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos.
As famílias com crianças devem seguir as seguintes condições:
- Crianças e adolescentes de 6 a 17 anos precisam ter a frequência escolar verificada;
- Crianças de 0 a 6 anos devem ter o calendário de vacinas, o peso e a altura acompanhados.
Fontes: O Dia, Jovem Pan e Governo Federal