Caixa bate recorde na concessão de crédito habitacional,com aumento de 36%
No primeiro semestre deste ano, a Caixa Econômica Federal bateu recorde nas contratações de crédito habitacional. Houve um aumento de 36% na comparação com o mesmo período de 2020, o que representa R$ 65,4 bilhões em concessões. O anúncio desse feito foi realizado nesta semana pelo próprio banco.
As contratações de crédito habitacional com valores da poupança se destacaram em meio a este recorde. Durante os primeiros seis meses, esse tipo de crédito teve um total de R$ 37,4 bilhões. Isso significa que mais da metade de todos os créditos habitacionais foram feitos com recursos da poupança dos consumidores.
Em comparação com o mesmo período de 2020, houve um crescimento de 103,4%. Em relação ao ano de 2018,a alta foi ainda maior: 719,6% no período.
Durante o primeiro semestre deste ano, o mês de junho foi o que mais registrou a contratação de crédito habitacional. Foram R$ 13,1 bilhões contratados.
O que contribuiu para o recorde na concessão de crédito habitacional?
Dois fatores contribuíram para a alta na concessão de crédito habitacional, segundo a Caixa: a intensificação da jornada digital do financiamento e a criação de novos produtos, como a linha de crédito Poupança Caixa, que foi lançada em fevereiro deste ano.
Além disso, o banco também prevê a flexibilização dos valores das parcelas, caso as famílias fiquem com dificuldades para pagá-las. É possível fazer a redução de 25% a 75% do valor da prestação, de acordo com a comprovação e perda de renda dos clientes.
Há ainda a possibilidade de pausa no pagamento das parcelas por até seis meses para beneficiários do auxílio emergencial e clientes que estejam recebendo seguro desemprego. Os valores não pagos no período da vigência da negociação são incorporados ao saldo devedor e diluídos no prazo remanescente do contrato”, explica a Caixa.
Como funciona o crédito habitacional Poupança Caixa?
O crédito habitacional Poupança Caixa possibilita o financiamento de um imóvel residencial com uma taxa de juros que acompanha o rendimento da Poupança, acrescido de uma taxa fixa, que pode variar de acordo com o perfil do cliente.
As taxas de juros variam de 3,35% a 3,99% ao ano, com um teto caso o rendimento da poupança suba. Este teto é de 10,16%.
A variação do índice da poupança é calculado da seguinte forma:
- 70% da SELIC, quando a taxa SELIC for igual ou menor que 8,5% ao ano;
- 6,17% ao ano, quando a taxa SELIC for superior a 8,5% ao ano.
Com essa modalidade de crédito, a Caixa financia até 80% do imóvel novo, usado, em construção ou reformado. A entrada do cliente precisa ser de 20% do valor do bem.
Além dessa linha, que segue o rendimento da poupança, a Caixa conta com:
- crédito tradicional, corrigido pela TR, com taxas que variam entre 6,25% e 8% ao ano;
- crédito atrelado à inflação, medida pelo IPCA, com percentual entre 2,95% e 4,95% ao ano;
- crédito com juros fixos entre 8% e 9,75% ao ano.
Quais são as condições para fazer financiamento habitacional na Caixa?
A Caixa estabelece cinco critérios gerais para quem deseja contratar crédito habitacional junto ao banco:
- Ter mais de 18 anos ou ser emancipado com 16 anos completos;
- Ser brasileiro ou, se estrangeiro, possuir visto permanente no País;
- Possuir capacidade civil e de pagamento;
- O seu nome não pode estar em cadastros de devedores, como SERASA;
- A prestação não pode ser maior que 30% da sua renda familiar mensal bruta.
Quem pretende fazer o financiamento com recursos do FGTS precisa ficar atento a algumas exigências adicionais:
- O cliente não pode ser proprietário, cessionário, estar comprometido ou ter direito de compra de outro imóvel residencial urbano, concluído ou em construção em um desses locais: No município de domicílio, incluindo os limítrofes e integrantes da mesma região metropolitana; No município de exercício de ocupação principal, incluindo os limítrofes e integrantes da mesma região metropolitana; No município onde pretende trabalhar e/ou residir.
- O cliente não pode possuir financiamento ativo nas condições estabelecidas para o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), em qualquer parte do País, independente do percentual de propriedade;
- O imóvel deve ser utilizado para moradia do cliente.
Fontes: R7 e Caixa Econômica Federal