Cesta Básica: quais itens ficaram mais caros em 2022?

Elouise Lopes

08/04/2022

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou durante o mês de março uma pesquisa em 17 capitais sobre preço da cesta básica. A pesquisa revelou que, em todas elas, houve aumento de preço.

As capitais que tiveram maior alta foram Rio de Janeiro (7,65%), Curitiba (7,46%) e São Paulo (6,36%).

Nesta matéria do NoDetalhe, você fica sabendo quais itens da cesta básica ficaram mais caros,

Quais itens da cesta básica ficaram mais caros em 2022?

Cesta Básica: quais itens ficaram mais caros em 2022?

Pesquisa revela que houve aumento de preços da cesta básica em boa parte das capitais brasileiras. Saiba quais itens ficaram mais caros em 2022. (Imagem: Pexels/Divulgação)

Com a guerra na Ucrânia e outros eventos que têm ocorrido ao redor do globo, diversos países estão enfrentando uma crise econômica, em maior ou menor grau. No caso do Brasil, essa crise econômica tem impactado diretamente os consumidores.

Com a alta do combustível, por exemplo, o litro da gasolina já atingiu valores superiores a R$ 10 em determinadas localidades do território brasileiro.

Uma pesquisa realizada pelo Dieese no decorrer do mês de março em 17 capitais brasileiras revelou que houve altas mais expressivas nos preços dos itens da cesta básica. As cidade que tiveram maior alta foram Rio de Janeiro (7,65%), Curitiba (7,46%), São Paulo (6,36%) e Campo Grande (5,51%). Por sua vez, a menor variação foi registrada em Salvador (1,46%).

Confira, a seguir, os itens que tiveram altas mais expressivas nas capitais onde a pesquisa foi aplicada.

  • Tomate – 35,36%;
  • Batata – 15,36%;
  • Feijão carioquinha – 8,62%;
  • Café em pó – 8,31%;
  • Óleo de soja – 6,69%;
  • Leite integral –6,64%
  • Farinha de trigo – 4,70%;
  • Arroz agulhinha – 4,07%;
  • Carne bovina de primeira – 3,32%;
  • Pão francês – 2,78%.

O produto que teve redução no preço foi a banana, de -8,66%.

A inflação sofreu elevação logo nestes primeiros meses do ano e as previsões para o mês de abril não são as melhores.

Conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu para 1,62% em março. Essa é a maior taxa de inflação desde 1994, antes da implantação do real.

Os resultados da pesquisa do Instituto têm preocupado, não à toa, especialistas.

Tabela de preço médio da cesta básica em março nas capitais

A pesquisa do Dieese também permitiu verificar os valores da cesta básica em 17 capitais brasileiras. A seguir, você confere o preço médio da cesta básica no mês de março de 2022.

Preços da cesta básica por capital

Pesquisa do Dieese revela o preço médio das cestas básicas nas 17 capitais pesquisadas no mês de março. (Imagem: Reprodução/Seu Crédito Digital)

No período de um ano, todas as capitais do Brasil tiveram alta de preços. Os aumentos verificados foram de 11,99%, em Aracaju e 29,44% em Campo Grande. Já em capitais da região sudeste, como é o caso de São Paulo, o aumento foi de 21,60%, enquanto no Rio de Janeiro o aumento foi de 22,55%.

Na cidade de São Paulo, onde a cesta custa mais caro atualmente, a média de preço é de R$ 761,19 em março. Depois de São Paulo, Rio de Janeiro (R$ 750,71) tem a cesta mais caro e, em seguida, Florianópolis (R$ 745,47) e Porto Alegre (R$ 734,28).

Quanto do salário mínimo será comprometido com a cesta básica?

A pesquisa do Dieese também revelou que 58,57% do salário mínimo líquido, considerando o desconto da Previdência Social (7,5%), chega a ser comprometido com a cesta básica nas capitais onde a pesquisa sobre o aumento da cesta básica foi realizada.

O comprometimento do salário mínimo com a cesta básica pode chegar a até 65% em algumas capitais.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.212,00. Sendo assim, aquelas famílias com maior número de membros (quatro ou mais) tendem a ser as mais impactadas em relação ao aumento de preços da cesta básica.

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Elouise Lopes
Escrito por

Elouise Lopes

Redatora WebGo Content e bacharelanda em Comunicação Organizacional na UTFPR.

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