Consignado do Auxílio Brasil já soma mais de 2 mil reclamações; entenda por que ele vem sendo criticado

Alexandre G. Peres

18/10/2022

Em uma semana de operação do novo empréstimo consignado do Auxílio Brasil, pelo menos 2 mil reclamações já foram registradas, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Os motivos para a série de queixas e denúncias que entidades de defesa do consumidor relatam estar recebendo, estão problemas como venda casada com seguro e assédio por parte de instituições financeiras.

Reclamações sobre o consignado do Auxílio Brasil

Segundo o Idec, uma das denúncias que beneficiários do Auxílio Brasil vêm registrando é a questão das ligações para ofertar o empréstimo consignado.

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Pelas regras da nova modalidade de crédito, os bancos e instituições financeiras não podem fazer a busca ativa de clientes. Ou seja, não é permitido ligar para participantes do programa para oferecer o empréstimo, pois o interesse precisa partir do beneficiário.

No entanto, as reclamações registradas por entidades de defesa do consumidor indicam que nem todas as empresas estão respeitando essa regra.

Desde que foi anunciado pelo governo, o empréstimo do Auxílio Brasil vem recebendo críticas de instituições como o Idec. Segundo especialistas, o consignado representa um risco de aumento do endividamento dos mais pobres.

Por isso a proibição das ligações para oferta ativa é vista como uma medida que pode ajudar a evitar que famílias vulneráveis caiam em dívidas desnecessárias.

Cuidados com o novo empréstimo

O empréstimo consignado do Auxílio Brasil tem taxas de juros altas. Os juros da modalidade são de até 3,5% ao mês, bem acima da taxa para aposentados e pensionistas do INSS, por exemplo, que é de 2,14%

Na Caixa, os beneficiários do programa podem contratar até R$ 2.582 de empréstimo. Porém, ao longo dos 24 meses de contrato, o valor pago é de R$ 3.840, ou seja, quase R$ 1.300 de juros.

Além disso, o empréstimo consignado faz com que sejam descontados R$ 160 do Auxílio Brasil todo mês, até o fim do contrato. Dessa forma, a família pode passar quase dois anos recebendo um benefício de R$ 240, já que o auxílio deve voltar a ser de R$ 400 a partir de janeiro.

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Alexandre G. Peres

Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.

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