Empréstimo do Auxílio Brasil é 87% mais caro que outros consignados; veja a comparação

Em comparação com outras modalidades de crédito consignado, o empréstimo do Auxílio Brasil chega a custar até 87% mais caro devido aos altos juros cobrados dos beneficiários.

É o que indica uma simulação realizada pela Associação dos Executivos de Finanças (Anefac) comparando a modalidade com ofertas para segurados do INSS e trabalhadores dos setores público e privado.

Para isso, a Anefac calculou quanto o contratante teria que pagar por um empréstimo de R$ 2.582,88 parcelado em 24 vezes nas diferentes modalidades de consignado, o que corresponde ao valor e prazo máximo permitido para o empréstimo do Auxílio Brasil.

Comparação entre o empréstimo do Auxílio Brasil e do INSS

Segundo a simulação da Anefac, a comparação mais desvantajosa para o empréstimo do Auxílio Brasil é em relação ao consignado do INSS.

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Enquanto o beneficiário do auxílio tem acesso a uma taxa de juros de 50,23% ao ano, aposentados e pensionistas do INSS pagam 25,93% ao ano.

Em reais, isso significa que alguém que contrata R$ 2.582,88 no consignado do Auxílio Brasil, acaba pagando R$ 1.257 em juros. Este valor é 87% maior do que no empréstimo do INSS, no qual os juros para quem contratar este mesmo valor ficam em R$ 672.

Para o empréstimo do Auxílio Brasil, a simulação considerou a taxa de juros de 3,45% ao mês oferecida para a Caixa Econômica Federal. Enquanto isso, os juros aplicados para o consignado do INSS foi de 1,96%.

Comparação com outras modalidades

As outras modalidades de empréstimo consignado utilizadas na simulação da Anefac também têm juros menores que o do Auxílio Brasil.

No caso do consignado para servidores públicos, a taxa mensal é de 1,96% ao mês, enquanto os juros para trabalhadores do setor privado são de 2,64%.

Tanto nos dois empréstimos acima quanto no do INSS, os valores correspondem à média calculada com base em cerca de 40 instituições que informaram os valores praticados na primeira metade de outubro ao Banco Central.

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Escrito por

Felipe Matozo

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.