Sistema de segurança do PIX em camadas: Veja como funciona!

Quanto mais o povo brasileiro opta pelo Pix, mais as preocupações em torno dessa útil ferramenta financeira tornam-se intensas.

Após a divulgação de tantas notícias relacionadas a roubos e golpes, que envolvem a subtração tanto de dinheiro quanto de dados, a segurança virou um assunto tão importante quanto a facilidade de usar o Pix.

Após observar os efeitos negativos da liberdade de operar pelo Pix, o BC (Banco Central) anunciou e implementou um novo sistema de segurança, que é dividido em camadas. 

Mesmo que o Brasil seja um país que regularizou o Pix depois de outros no mundo inteiro, atualmente é o mais avançado no que tange a segurança das transações realizadas através do Pix. 

Sistema do Pix e suas camadas de segurança

As bases para a chegada do novo sistema se encontram nos mesmos princípios que alicerçaram a implementação do Pix no Brasil: combate a crimes de ordem financeira, como lavagem de dinheiro e fraudes, além da proteção de informações dos usuários e clientes dos bancos.

Além da assinatura digital que envolve todas as transações de Pix, os dados são criptografados para que não haja roubo destes. 

Segurança do PIX: como funcionam as camadas de proteção

Uma vez que a população brasileira anda cada vez mais bem informada acerca dos problemas que surgiram da conveniência do Pix, é compreensível que a sua preocupação em relação à segurança do Pix tenha aumentado.

Assim, o BC enfatiza as camadas de proteção, para que a segurança do serviço seja completa. As novas camadas seguem.

Motores antifraude

Os usuários do Pix inevitavelmente possuem padrões em suas transações. Pessoas, datas e valores, por exemplo. Quando o padrão é quebrado de alguma forma, a transação se torna suspeita e o sistema de segurança do Pix a detecta. 

Essa camada de segurança é capaz de bloquear a ferramenta para transições por até 30 minutos, durante o dia, e 60 minutos, de noite.

Bloqueio Cautelar

Em situações onde a suspeita de fraude é maior, a instituição financeira conectada ao Pix do usuário é permitida a bloquear esse serviço por até 72h. Esse período é necessário para que o banco ou instituição financeira realize uma investigação contumaz para confirmar, ou negar, a suspeita. 

Mas é importante ressaltar que o bloqueio cautelar não é arbitrário, possui critérios. Além disso, o banco deve notificar o usuário do Pix quanto ao bloqueio.

Notificação sobre fraudes

O BC autorizou que as as notificações de fraudes que estejam ligadas às chaves de usuários do Pix sejam mostradas a outros usuários. Dessa forma, quem fizer uma transação saberá que do outro lado pode ter alguém vinculado à fraude.

Notificação sobre fraudes entre instituições

Quando a suspeita de fraude ligada a uma conta Pix é contundente, o sistema poderá armazenar essa informação. Em seguida, entrega essas mesmas informações aos bancos e instituições financeiras para que eles saibam de antemão se um provável usuário de Pix está ligado em atividades fraudulentas. 

PIX: regras de segurança para os usuários

Garantir a segurança das operações feitas no Pix implica também em regulamentar regras para os próprios usuários, tais quais o limite de R$ 1.000,00 para transações no período da noite. 

O usuário pode requerer o ajuste do limite. Se for mais do que o valor padrão, pode levar até 24h para a solicitação ser aceita. No entanto, existem outros critérios para fazer o ajuste, que são: 

• Diferenciação no Pix para pagamento ou retirada de dinheiro
• A titularidade da conta
• Autenticação do pagador
• Canal de atendimento utilizado pelo pagador

O limite também pode ser customizado em seu período de vigência diária. O usuário pode escolher um intervalo, diurno ou noturno, para aplicar o limite máximo.

As camadas de segurança do Pix mostram o franco intuito do Banco Central de tranquilizar os usuários do serviço e incentivá-los a continuar. No entanto, é preciso observar, de agora em diante, como a população irá responder a isso, e se as estatísticas em relação a golpes e fraudes reduzirão.