Consumidores com cartão de crédito ou débito do Itaú podem contratar uma tag sem mensalidades, mas há um custo que nem todo mundo repara antes de solicitar. A seguir, entenda como funciona esta oferta.
Como funciona a Tag do Itaú?
Confira um detalhe muito importante sobre a Tag Itaú. Foto: Divulgação/Itaú
Assim como outras tags disponíveis no mercado, a Tag Itaú é um adesivo que o motorista cola no para-brisa do veículo para pagamento automático em pedágios e estacionamentos.
A tag é da ConectCar e não tem mensalidade para quem usa um cartão de crédito ou débito do Itaú. Nesse caso, as únicas cobranças para estes consumidores são R$ 20 de taxa de adesão mais R$ 30 da primeira recarga, ou seja, R$ 50.
No entanto, existe um detalhe que algumas pessoas não percebem e podem acabar se arrependendo após contratar o produto: a recarga automática.
Tag Itaú tem recarga automática obrigatória
Quando um usuário de cartão do Itaú contrata a Tag da ConectCar, ele adere a um plano que o obriga a fazer recargas sempre que o saldo atingir determinado valor.
Nesse caso, o saldo mínimo que o usuário pode ter é R$ 30, e as recargas automáticas devem ser de pelo menos R$ 50. Ou seja, sempre que o saldo atingir ou ficar abaixo de R$ 30, será feita um compra automática de R$ 50 no seu cartão.
Portanto, na prática, o custo inicial da Tag Itaú é de pelo menos R$ 100: R$ 20 de adesão, R$ 30 da primeira recarga e pelo menos R$ 50 de recarga automática após o primeiro uso.
Dessa forma, o cliente não utiliza os R$ 30 do depósito inicial. Afinal, a recarga automática acontece logo no primeiro uso da Tag.
Exemplo: se você contratar a Tag Itaú com recarga automática de R$ 50 e passar em um pedágio de R$ 5, seu saldo baixa de R$ 30 para R$ 25 e logo em seguida seu plano fecha uma compra obrigatória de R$ 50. Nesse caso, o saldo sobe para R$ 75, e sempre que voltar à faixa de R$ 30, uma nova recarga será feita.
Posso desativar a recarga automática da Tag Itaú?
Usuários de cartões do Itaú não podem desativar a recarga automática da Tag, pois essa função faz parte do plano.
Além disso, o aplicativo “ConecteCar”, que o usuário deve baixar para utilizar a Tag, não dá a opção de trocar de plano. Quando a pessoa acessa o menu de “Mudar de plano”, o aplicativo mostra a mensagem “Você já tem o plano mais completo da ConectCar”, e não dá opção de mudança.
Em relação à recarga, as únicas opções disponíveis para o usuário são os valores mínimos de recarga (R$ 50) e de saldo (R$ 30).
Portanto, se você deseja contratar esta tag, é importante ter em mente que mesmo que ela não tenha mensalidade, o seu primeiro uso tem um custo total de R$ 100.
Por isso, a dica é considerar o quanto você planeja usar este serviço para saber se os R$ 50 que entrarem em seu saldo serão utilizados ou não.
Vale a pena contratar?
Conforme adiantamos acima, definir se vale a pena ou não contratar a Tag Itaú depende muito dos interesses de cada pessoa.
Para quem planeja contratar o produto para apenas uma viagem, por exemplo, esta opção pode não ser muito vantajosa, pois terá um custo relativamente alto para usos mais raros.
Enquanto isso, para usuários que costumam passar por pedágios frequentemente, a contratação pode valer a pena. Afinal, mesmo que haja a questão da recarga automática e do saldo mínimo, a tag oferece o conforto de não precisar parar em pedágios.
E se a pessoa passa por pedágios com frequência, os valores das recargas automáticas serão utilizados, de forma que realmente oferece uma praticidade para o motorista.
Como contratar a Tag Itaú?
Para quem tem cartão de crédito ou débito do Itaú e deseja contratar a Tag para passagem automática em pedágios e estacionamento, basta acessar o site do banco para fazer a solicitação.
Após o pedido, a tag chega no endereço indicado em até 3 dias úteis para quem mora em São Paulo e até 5 dias úteis para outros estados.
Quando a Tag chegar, é necessário baixar o aplicativo ConectCar gratuitamente e seguir as indicações na embalagem do produto para instalar em seu veículo.
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Felipe Matozo
Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
