Quem criou o Pix? Foi realmente o Bolsonaro? Entenda aqui!
Entenda como foi o processo de criação do Pix e descubra quem criou a ferramenta de pagamentos instantâneos usada por milhões de brasileiros.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns de seus aliados vêm tentando atribuir a criação do Pix à atual gestão, mas será que realmente foi o seu governo que criou a ferramenta de pagamentos instantâneos?
Documentos revelam que não, pois o processo de criação do Pix surgiu antes de Bolsonaro se tornar presidente. Portanto, apenas o lançamento da ferramenta, em novembro de 2020, aconteceu durante o atual governo.
Descubra a seguir quem criou o Pix e veja mais alguns detalhes sobre o desenvolvimento deste sistema, que iniciou anos antes do governo Bolsonaro.
Quem criou o Pix?
Segundo documentos analisados pelo UOL, o Pix começou a ser criado pela equipe do Banco Central (BC) em 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB). Na época em que o projeto do Pix surgiu, o presidente do BC era o economista Ilan Goldfajn.
Além disso, membros da equipe responsável pelo Pix no Banco Central afirmaram ao UOL que o conceito da ferramenta já existia desde 2016, três anos antes do início do governo de Jair Bolsonaro.
Em dezembro daquele ano, Goldfajn já indicava que o BC se preparava para lançar um sistema inspirado no Zelle, ferramenta similar ao Pix anunciada pouco tempo antes nos Estados Unidos. Nessa época, o Banco Central deu início aos estudos sobre o que veio a se tornar o Pix, que já aconteciam entre 2016 e 2017.
Em maio de 2018, meses antes de Bolsonaro ser eleito, o BC instituiu um grupo de trabalho chamado “Pagamentos Instantâneos”. Foi este o grupo responsável por produzir as especificações básicas do sistema que acabou virando o Pix.
Bolsonaro sequer sabia o que era o Pix
Enquanto aliados tentam ligar o Pix ao presidente, o próprio Bolsonaro mostrou que não sabia o que era a ferramenta quando ela foi implementada.
No dia em que se iniciaram os cadastros no Pix, um apoiador parabenizou o presidente pela iniciativa, mas ele afirmou que não sabia do que se tratava.
Mas, apesar disso, a tendência é que o governo mantenha o discurso de “paternidade do Pix” nos próximos meses. Afinal, o sistema é bastante popular entre os brasileiros, e Bolsonaro pode tentar usar isso durante sua campanha pela reeleição.