Governo faz pedido “urgentíssimo” ao TSE relacionado às urnas eletrônicas
O Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral um pedido classificado como "urgentíssimo"; porém, não se atentou a um detalhe...
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou um pedido classificado como “urgentíssimo” ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governo, entretanto, não se atentou a um detalhe muito importante sobre a solicitação solicitada. Continue lendo e entenda melhor.
O pedido em questão foi especificamente para acesso aos códigos-fontes dos sistemas eleitorais, como das urnas eletrônicas.
O código-fonte nada mais é do que o código base de programação de um determinado programa, que contém todas as instruções necessárias para o funcionamento de um software.
Em nota enviada ao TSE, Nogueira escreveu o seguinte:
“Solicito a Vossa Excelência a disponibilização dos códigos-fontes dos sistemas eleitorais, mais especificamente do Sistema de Apuração (SA), do Sistema de Votação (VOTA), do Sistema de Logs de aplicações SA e VOTA e do Sistema de Totalização (SisTot), que serão utilizados no processo eleitoral de 2022”.
Em uma segunda nota, o Ministério da Defesa afirmou que o não envio das informações solicitadas “poderão prejudicar o desenvolvimento dos trabalhos da supracitada equipe quanto ao cumprimento das etapas de fiscalização previstas na Resolução do TSE e, também, que há a necessidade de um ponto de contato que facilite as ações de fiscalização […]”.
Jair Bolsonaro, com o apoio de alguns militares, muitos deles ocupantes de cargos no governo, têm frequentemente atacado o sistema eleitoral brasileiro, colocando em dúvida o processo eleitoral.
O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 2 de outubro. A análise das informações solicitadas pelo ministério seriam analisadas entre os dias 2 e 12 de agosto.
Pedido do governo ignora detalhe importante
Apesar do tom “urgentíssimo” do pedido, o Tribunal Superior Eleitoral já tornou públicos os códigos-fonte do sistema de votação em outubro de 2021. Além disso, afirma também que os mecanismos de auditagem, também solicitados pelo ministro, continuam vigentes.
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