Anvisa suspende um dos agrotóxicos mais usados no Brasil e o motivo vai te surpreender
Descubra como um dos agrotóxicos mais usados no Brasil, em produtos que você provavelmente consome, pode ter efeitos nocivos à saúde humana.
Na terça-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão de um dos agrotóxicos mais usados no Brasil, o Carbendazim. A suspensão proíbe tanto a importação quanto a produção, a distribuição e a comercialização do agrotóxico em território brasileiro.
O Carbendazim é um dos agrotóxicos mais usados por produtores brasileiros no combate a infestações de fungo em plantações especialmente de feijão, arroz e soja.
A suspensão cautelar aconteceu após o voto de Meiruze Freitas, diretora da 2ª Diretoria da Anvisa, durante uma reunião. A maior parte dos integrantes da diretora votou pela suspensão do agrotóxico.
Por que o Carbendazim foi suspenso no Brasil?
Embora tenha sido banido apenas agora, o Carbendazim vem sendo alvo de polêmicas desde 2019, quando a Anvisa deu início a uma reavaliação do agrotóxico.
Depois de uma série de análises e estudos, especialistas perceberam vários problemas relacionados ao uso do produto — tanto por parte de quem o manuseia em plantações quanto por parte de quem consome o produto final oriundo dele.
De acordo com um relatório feito por técnicos da Anvisa e divulgado no início deste ano, o Carbendazim “possui aspectos toxicológicos proibitivos de registro, não sendo possível estabelecer um limiar de dose segura para a exposição humana“.
O documento ainda lista alguns dos problemas decorrentes do manuseio e do consumo do Carbendazim, estando entre eles:
- Provocar câncer;
- Prejudicar a capacidade reprodutiva humana;
- Afetar o desenvolvimento.
Quando a suspensão passa a valer?
A suspensão vai entrar em vigor logo após a publicação da decisão no Diário Oficial da União (DOU) e deve durar até a Anvisa finalizar a reavaliação do agrotóxico, que já tem sido feita desde 2019.
Caso a agência conclua que o agrotóxico é realmente nocivo à saúde humana, ele deverá ser banido do Brasil por tempo indeterminado. Do contrário, caso os estudos não cheguem a essa conclusão, é possível que ele volte a ser utilizado no futuro.
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