Bolsonaro no JN: 3 assuntos que o presidente certamente vai querer evitar

Na noite desta segunda-feira, 22 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participará de uma sabatina com a bancada do Jornal Nacional (JN), abrindo uma série de entrevistas com candidatos à presidência nas Eleições de 2022.

Bolsonaro certamente tentará escapar de assuntos polêmicos, mas há grandes chances de os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos abordarem ao menos três assuntos que seriam bem ruins para o presidente.

Continue lendo esta matéria do No Detalhe e descubra que assuntos seriam esses!

Combate à pandemia

O primeiro ponto que Bolsonaro certamente gostaria de evitar falar sobre é o do combate à pandemia de Covid-19.

Ao longo do seu mandato, diante da crise sanitária que se instalou no país e no mundo, Bolsonaro frequentemente desestimulou o isolamento social e o uso de máscaras, espalhou fake news sobre a doença (como na vez em que associou a vacinação à AIDS, comentário pelo qual vem sendo bastante criticado pelo STF) e atrasou a compra de vacinas.

Além disso, vale lembrar que o governo tem sido considerado parcialmente culpado pela falta de oxigênio em Manaus em janeiro de 2021, quando hospitais tiveram superlotação e diversos pacientes morreram pela falta de oxigênio durante a segunda onda do vírus. Segundo documentos apresentados à CPI da Covid, o governo soube com antecedência sobre o risco de colapso, mas mesmo assim demorou a agir.

Desmatamento da Amazônia

Bolsonaro também vem sendo amplamente criticado pela sua postura em relação ao desmatamento da Amazônia e a outras questões ambientais, como o garimpo e a pesca ilegais.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) divulgado em fevereiro deste ano revelou que o desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e junho de 2021 foi 56% maior do que o mesmo período entre 2015 e 2018.

Além das consequências climáticas para o Brasil e para o mundo, a postura de Bolsonaro vai na contramão das medidas adotadas em centenas de países e, além de afugentar investidores, também coloca em risco as relações diplomáticas do país.

Casos de corrupção

Enquanto em 2018 o presidente Bolsonaro enchia o peito para falar de corrupção e apontar defeitos em seus opositores, este tema deverá ficar bem distante da campanha dele nestas eleições de 2022.

Isso porque Bolsonaro vem sendo acusado de acumular uma série de escândalos de corrupção, sendo alguns deles: 1) no setor ambiental, com o ex-ministro Ricardo Salles sendo acusado de dificultar a fiscalização ambiental e favorecer madeireiros investigados pro extração ilegal de madeira; 2) no parlamento, com o chamado “Orçamento Secreto”, que libera verbas aos parlamentares em troca de aprovação de medidas, em especial aos alinhados ao governo; 3) na compra da vacina indiana Covaxin, comprada a um preço 1.000% maior do que o anunciado pelo fabricante; 4) no Ministério da Educação, com pastores interferindo nas decisões e privilegiando municípios em troca de propina (inclusive em ouro) etc.

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