Carta pela Democracia: o que cada presidenciável disse sobre ela?

Confira aqui o que cada um dos candidatos à presidência nestas eleições de 2022 falou sobre a Carta pela Democracia, lida hoje em São Paulo.


Nesta quinta-feira, 11 de agosto, a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito“, conhecida mais como “Carta pela Democracia“, foi lida por volta das 12h15min no Pátio das Arcadas, no Largo São Francisco, no centro de São Paulo, SP.

A carta foi elaborada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e foi assinada por mais de 900 mil pessoas até o momento, incluindo 3 mil famosos, celebridades e personalidades jurídicas, políticas e artísticas, como Fernanda Montenegro, Djavan, Paulo Coelho, Joaquim Barbosa, Gal Costa, Lula (PT), Chico Buarque, Alessandra Negrini, padre Júlio Lancelotti, Laerte Coutinho, Luís Fernando Veríssimo, Alceu Valença etc.

A carta foi elaborada especialmente como uma resposta aos constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao processo eleitoral brasileiro.

A seguir, você descobre o que os candidatos à presidência nestas eleições de 2022 falaram a respeito da carta.

Luís Inácio Lula da Silva (PT)

Em seu Twitter, Lula publicou o seguinte:

“Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo. Bom dia #EstadoDeDireitoSempre”

Jair Bolsonaro (PL)

Em uma recente entrevista, Bolsonaro, que é bastante crítico em relação à carta, afirmou o seguinte a respeito do documento:

“Esse pessoal que assina esse manifesto, [é] cara de pau, sem caráter. Não vou falar os adjetivos aqui que eu sou uma pessoa bastante educada. Essa é uma grande realidade. […] Ninguém que porventura queira dar um golpe vai dizer que não é democrático, vai dizer que é democrata. São contradições. Tentam me jogar para um lado como se eu tivesse preparando um golpe. Que golpe estou preparando? Qual é o golpe? Pedir transparência eleitoral? Você é contra a transparência? Contra a verdade? Contra a garantia que o teu voto vai para aquela pessoa?”

Ciro Gomes (PDT)

Também em seu Twitter, Ciro Gomes defendeu a carta como um movimento de união de diferentes segmentos e convidou seus seguidores a assinarem o documento. Veja o que ele disse:

Daqui a pouco, às 10h, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), vai ser lido o Manifesto em Defesa da Democracia, do qual sou signatário. Essa leitura acontecerá simultaneamente em todo Brasil. Um momento de união de diferentes segmentos contra os recorrentes ataques de Bolsonaro aos nossos direitos, ao sistema eleitoral e ao próprio regime democrático – que é a maior de todas as nossas conquistas. Este é um compromisso de todos nós

Simone Tebet (MDB)

Simone Tebet também se manifestou, em seu Twitter, favorável ao documento:

“Estado de Direito Sempre! No dia do estudante, no histórico dia 11 de agosto, a sociedade levanta sua voz em defesa da democracia. Assinei o manifesto. Tenham certeza do meu compromisso. Minha candidatura representa exatamente isso: democracia sempre. Tolerância, paz e respeito”

Felipe d’Avilla (Novo)

Defensor e signatário da Carta pela Democracia, Felipe d’Avilla expressou suas considerações a respeito dela através de uma nota oficial:

“Não há democracia sem confiança no processo eleitoral e sem combate à corrupção. Um país de mensalão, petrolão e rachadinhas retrata uma democracia fragilizada pela corrupção”.

Sofia Manzano (PCB)

A professora Sofia Manzano, candidata pelo PCB, aproveitou para lembrar que a carta é lida não por acaso no dia 11 de agosto, Dia do Estudante:

“Neste 11 de agosto, Dia do Estudante, diversas entidades e movimentos sociais estarão nas ruas novamente para defender a democracia, educação e direitos sociais, e se posicionar contra a fome, miséria, violência, desemprego e destruição do meio ambiente e as ameaças golpistas de Bolsonaro e seus aliados”

Soraya Thronicke (União Brasil)

No final da tarde desta quinta, Soraya Thronicke, sem mencionar diretamente a carta (da qual é signatária), usou seu Twitter para defender a democracia:

“A atual discussão sobre democracia no Brasil vai muito além dos campos ideológicos. Tratar a nossa liberdade com gracinhas e ironias só aumenta o sinal de alerta. Não se brinca com coisa séria.”

Leonardo Péricles (Unidade Popular)

Leonardo Péricles, do Unidade Popular, fez a seguinte declaração em seu Twitter, sendo bem mais enfático e direto que os demais:

Hoje é dia de manifestações em todo o país. Nós da @UP80BR estamos de norte a sul nas ruas defendendo as liberdades democráticas, o dia do estudante e contra o golpe de Bolsonaro e dos generais! Daqui a pouco estarei na atividade aqui em BH. Seguimos!”

Vera Lúcia (PSTU)

Vera Lúcia, do PSTU, sem mencionar diretamente a carta, convocou seus seguidores para as manifestações que ocorreram hoje:

“Vamos às ruas hoje contra as ameaças golpistas de Bolsonaro! É preciso fortalecer uma alternativa revolucionária e socialista!”

Demais candidatos

José Maria Eymael (Democracia Cristã), Pablo Marçal (Pros) e Roberto Jefferson (PTB) não se pronunciaram sobre a carta até o momento de escrita deste artigo. Lembrando que os dois últimos não assinaram o documento.

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Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.