Concurso Público A DISTÂNCIA? Veja o que decidiu a Câmara

A Câmara dos Deputados votou um projeto que prevê a aplicação de provas de concurso público a distância. Confira o que decidiram os deputados.


Nesta quinta-feira (04/08), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que autoriza a aplicação de provas de Concurso Público a distância.

Além disso, a medida também estabelece outras normas gerais para concursos no país, conforme explicaremos no texto a seguir.

Câmara autoriza provas de concurso público a distância

A proposta aprovada na Câmara dos Deputados permite que os concursos públicos possam ser feitos parcial ou totalmente a distância. Para isso, as provas poderão ser aplicadas de maneira online ou por plataforma eletrônica específica.

Mas segundo o relator do projeto, deputado Eduardo Cury (PSDB-SP), ainda será preciso regulamentar esse modelo de concurso, estabelecendo que a definição das regras acontecerá após consulta pública e observação dos padrões de segurança da informação.

Cury se manifestou a favor da medida, argumentando que já houve provas de vestibular a distância, o que garante as ferramentas necessárias para evitar fraudes.

Após a aprovação na Câmara, o projeto retorna ao Senado, onde também já foi aprovado. O texto terá que passar por nova análise entre os senadores porque foi alterado pelos deputados.

O texto deve entra em vigor no dia 1º de janeiro quatro anos depois da edição (ou da edição de um ato de antecipação) e não será aplicado a concursos que tiveram a abertura autorizada antes.

Outras medidas previstas no projeto

Além de tratar da possibilidade de aplicar provas a distância, o projeto também proíbe discriminação ilegítima de candidatos, em qualquer fase do concurso, com base em aspectos como:

  • Idade;
  • Sexo;
  • Etnia;
  • Estado Civil;
  • Condição Física;
  • Deficiência;
  • Naturalidade;
  • Proveniência;
  • Local de Origem.

O texto aprovado também estabelece que os concursos terão que promover avaliação por provas ou por provas e análise de títulos. Além disso, será possível incluir curso de formação como uma das etapas de um concurso.

Segundo Ivan Lucas, professor de direito administrativo e constitucional, o projeto é uma conquista para os “concurseiros” do Brasil. Isso porque o país ainda não tinha uma norma com regras mínimos para a aplicação de concursos, o que gerava uma grande insegurança jurídica para os candidatos.

Mas é importante destacar que o projeto não se aplica a concursos para Forças Armadas, magistratura, Ministério Público e Defensoria Pública da União.

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Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.