Este PROBLEMA afeta quase metade dos beneficiários do AUXÍLIO BRASIL

Em julho, mais de 40% dos beneficiários do Auxílio Brasil passaram por problema que atinge milhões de brasileiros, segundo pesquisa.


Uma pesquisa realizada pelo Poder Data entre os dias 14 e 16 de agosto mostra que 43% dos eleitores que recebem Auxílio Brasil enfrentam um problema que atinge milhões de brasileiros: a inadimplência.

Mas o levantamento revela que a inadimplência é ainda maior entre quem não recebeu o benefício em julho. Nesse grupo, 49% disseram ter deixado de pagar alguma conta.

Taxa de inadimplência entre beneficiários do Auxílio Brasil

De acordo com a pesquisa, entre as pessoas que receberam Auxílio Brasil em julho, 43% deixaram de pagar alguma conta no mês, enquanto outros 48% não tiveram este problema mantiveram todos os boletos em dia.

Vale lembrar que em julho a parcela mensal do Auxílio Brasil ainda era de R$ 400, já que o valor extra de R$ 200 entrou em vigor em agosto. Porém, o auxílio de R$ 600 vale só até dezembro de 2022, ano de eleição presidencial.

No caso das pessoas que não receberam o benefício em julho, a taxa de inadimplência chega a 48%, contra 44% que pagaram todas as contas no período, segundo o Poder Data.

Maioria das pessoas deixou de pagar alguma conta

Na população em geral, os números da pesquisa mostram que a maior parte das pessoas ficaram inadimplentes em julho. Ao todo, 47% afirmaram terem deixado de pagar alguma conta no mês, enquanto 45% disseram ter quitado todos os boletos.

Apesar disso, o resultado é melhor que nas duas pesquisas anteriores. Nos levantamentos de janeiro e maio, a inadimplência indicada pelo Poder Data ficou em 50%, contra 43% que não deixaram de pagar nenhuma conta.

No recorte por renda, a pesquisa mostra que a inadimplência é maior entre quem recebe até dois salário mínimos (R$ 2.424). Neste grupo, 50% disseram não ter conseguido pagar todas as contas em julho.

Para a pesquisa, foram entrevistadas 3.500 pessoas de 331 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal, por meio ligações para celulares e telefones fixos. A margem de erro é de 2% e o intervalo de confiança é de 95%.

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.