Ford Fiesta Supercharger 1.0 em 2023? Veja se ainda vale a pena 20 anos depois

Felipe Matozo

06/06/2023

Está pensando em investir num Fiesta Supercharger mesmo duas décadas após seu lançamento? Pois saiba que pode ser uma escolha interessante.

No texto a seguir, nós vamos analisar os pontos fortes e fracos do modelo Fiesta Supercharger 1.0 2003 para você saber se ainda vale a pena investir neste hatch popular em 2023.

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Pontos Fortes do Fiesta Supercharger

Ford Fiesta Supercharger 1.0 em 2023 Veja se ainda vale a pena 20 anos depois

Veja se vale a pena comprar o Ford Fiesta Supercharger 1.0.

Para começar, vamos apresentar alguns pontos fortes do Fiesta Supercharger, que podem justificar a sua compra, dependendo das suas necessidades e expectativas em relação a um carro usado.

Isento de IPVA em vários estados

Ter que pagar IPVA todo ano é algo que te incomoda? Então, que tal economizar algumas centenas de reais por ano com este imposto?

O Fiesta Supercharger 1.0, sendo de 2003, se enquadra na regra que isenta veículos com mais de 20 anos do pagamento de IPVA na maior parte dos estados brasileiros.

Em São Paulo, por exemplo, você não teria essa despesa. Isso pode significar uma economia considerável ao longo dos anos, contribuindo para o custo-benefício do carro.

Motor forte para um carro 1.0

Apesar de ter um motor 1.0, o Fiesta Supercharger conta com 95 cavalos de potência, um número bastante relevante quando comparado com os carros 1.0 mais modernos que costumam atingir entre 70 e 80 cv.

O torque também chama a atenção, com 12,6 kgfm a 4250 rpm. Isso se traduz em uma performance notável na estrada, se destacando entre os veículos da mesma categoria.

Espaçoso para a categoria

Com 3,91m de comprimento e uma distância entre-eixos de 2,49m, o Fiesta Supercharger é consideravelmente espaçoso para sua categoria.

Além disso, o porta-malas de 305 litros também é bem aproveitado e maior que a média dos compactos, que em muitos casos não chegam a 300 litros.

Com isso, o Fiesta aparece como uma opção prática para famílias pequenas ou para quem precisa de espaço para transporte de objetos.

Pontos Fracos do Fiesta Supercharger

Por outro lado, como qualquer outro carro, o Fiesta Supercharger também apresenta alguns pontos fracos, conforme veremos a seguir.

Consumo de combustível deixa a desejar

Normalmente, um hatch 1.0 se destaca pela economia de combustível. No entanto, o Fiesta Supercharger faz apenas 8 km/l na cidade e 11,9 km/l na estrada, um número que pode parecer elevado quando comparado a outros modelos 1.0, principalmente os mais modernos.

Mas é importante lembrar que veículos mais antigos normalmente têm uma eficiência energética inferior aos mais recentes. Portanto, tenha isso em mente se você deseja ir atrás de um carro de cerca de 20 anos.

Fica devendo em itens de série

Em relação a itens de série, Fiesta Supercharger fica devendo. Ele não conta com itens como airbags, freios ABS, alarme, controle de tração, distribuição eletrônica de frenagem, sensor de farol e faróis de neblina.

No quesito conforto, embora tenha ar quente, banco com ajuste de altura e vidros elétricos dianteiros, o carro não oferece ar-condicionado, travas elétricas, volante com regulagem de altura e vidros elétricos traseiros.

Mais uma vez, porém, vale lembrar que isso é um problema comum em carros populares com a mesma média de idade.

Afinal, o Fiesta Supercharger vale a pena em 2023?

Depois de 20 anos, o Fiesta Supercharger ainda é um carro a ser considerado. Ele tem suas limitações, como qualquer veículo com essa idade, mas também apresenta vantagens que não podem ser ignoradas.

Seu motor robusto, isenção de IPVA e espaço interno generoso são pontos que ainda fazem dele uma opção interessante. Além disso, a média de preço de cerca de R$ 15 mil é atraente por ser acessível.

Porém, vale sempre lembrar que a decisão de compra depende muito do que cada motorista espera de um carro. Ou seja, se uma boa economia de combustível e itens de segurança e conforto são essenciais, talvez seja melhor considerar outros modelos.

Falando nisso, que tal conferir nosso texto sobre o lendário “Gol Bola” 2002, um carro com a mesma média de idade do Fiesta?

Ficha técnica do Fiesta Supercharger

FORD FIESTA SUPERCHARGER 1.0
Ano: 2003
Preço: por volta de R$ 14.895
IPVA: isento (com base no estado de SP)
Configuração: hatch compacto
Combustível: gasolina
Lugares: 5 lugares
Portas: 4 portas
Geração:

 

MECÂNICA
Motorização: Motor dianteiro Zetec Rocam Supercharger 1.0, de disposição transversal, 4 cilindros em linha, tuchos hidráulicos, cilindrada unitária de 250 cm³, 2 válvulas por cilindro, razão de compressão de 8,2:1, deslocamento de 999cm³, peso/potência de 11,15 kg/cv, peso/torque de 84,0 kg/kgfm, aspiração por compressor e alimentação por injeção multiponto
Potência máxima: 95 cv a 6000 rpm
Torque máximo: 12,6 kgfm a 4250 rpm
Velocidade máxima: 176 km/h
Aceleração 0-100 km/h: 13,3 segundos
Consumo na cidade: 8 km/l
Consumo na estrada: 11,9 km/l
Autonomia: 360 km na cidade e 536 km na estrada
Câmbio: Câmbio IB5, Manual de 5 Marchas, com embreagem monodisco a seco
Tração: Dianteira
Direção: Hidráulica
Suspensão dianteira: Independente, McPherson, com mola helicoidal
Suspensão traseira: Eixo de torção, com mola helicoidal
Freio dianteiro: Disco ventilado
Freio traseiro: Tambor
Pneus dianteiros: 175/65 R14, com altura do flanco de 114mm
Pneus traseiros: 175/65 R14, com altura do flanco de 114mm

 

DIMENSÕES
Comprimento: 3908 mm
Distância entre-eixos: 2488 mm
Porta-malas: 305 litros
Peso: 1059 kg
Bitola dianteira: 1489 mm
Bitola traseira: 1452 mm
Largura: 1675 mm
Altura: 1451 mm
Tanque de combustível: 45 litros

 

SEGURANÇA
Não tem de série: airbag, alarme, freios ABS, controle de tração, distribuição eletrônica de frenagem, sensor de farol, farol de neblina

 

CONFORTO
Tem de série: ar-quente, banco com ajuste de altura, vidros elétricos dianteiros
Não tem de série: ar-condicionado, travas elétricas, volante com regulagem de altura, nenhuma saída de som, vidros elétricos traseiros

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Felipe Matozo

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.