Juros do cartão de crédito AUMENTARAM em 2022; taxas vão te SURPREENDER
Os juros do cartão de crédito subiram neste ano e atingiram o maior valor em quase cinco anos. Taxa do cheque especial também aumentou.
Segundo dados do Banco Central (BC), os juros do cartão de crédito subiram para 364% ao ano no último mês de abril. Em março, a taxa estava em 359,1% ao ano.
Os números foram divulgados pelo BC na quarta-feira (27/07), e revelam que os juros do cartão atingiram a maior marca desde agosto de 2017, quando a taxa estava em 428% ao ano.
Além disso, os juros do cheque especial e do parcelado do cartão de crédito também subiram no período, assim como as taxas de operações bancárias, conforme mostraremos a seguir.
Taxas do cartão de crédito estão mais altas
A alta na taxa de juros do cartão de crédito não foi a única registrada pelo Banco Central. Em abril, os juros do cheque especial, quando o cliente não paga o valor completo da fatura, saltaram 4,9% e atingiram a marca de 132,7% ao ano.
Além disso, outra taxa que subiu no período foi a do parcelado do cartão de crédito. Nesse caso, o aumento foi 3,4%, fazendo os juros chegarem em 175,1% ao ano.
A principal responsável pela disparada nos juros é a Selic. Entre janeiro de 2021 e junho deste ano, a taxa básica de juros saltou de 2% ao ano para 13,25% ao ano.
Conforme nós já explicamos aqui, o Banco Central usa a Selic para tentar controlar a inflação. Ou seja, quando a inflação está em tendência de alta, como vem acontecendo nos últimos anos, o BC sobe a taxa Selic, o que justifica o atual cenário de juros altos.
Juros em operações bancárias também estão mais altos
Segundo o relatório do BC, os juros bancários médios com recursos livres nas operação com empresas e pessoas físicas registraram a maior alta em três anos.
No caso da taxa média cobrada em operações com empresas, o valor subiu de 21,6% ao ano para 22,4% ao ano entre março e abril.
Enquanto isso, o aumento para operações com pessoas físicas foi ainda maior. Nesse caso, os juros entre um mês e outro subiram de 48,5% ao ano para 50,3% ao ano, atingindo o maior nível desde agosto de 2019.