Nebulosa da Galinha Corredora o que os Telescópios flagram no espaço?

Eduardo Peres

22/12/2023

O espaço e o universo sempre instigou a curiosidade da humanidade, e os avanços tecnológicos recentes ajudam os cientistas e astrônomos a entender melhor como o cosmos funciona, além de ajudar a saber onde e como os astros nascem e morrem. Um exemplo espetacular disso é o caso da Nebulosa da Galinha Corredora.

Localizada na constelação de Centauro, essa nebulosa se encontra a uma distância impressionante de cerca de 6.500 anos-luz do nosso planeta, a Terra. Recentemente, uma fotografia deslumbrante foi captada, revelando detalhes incríveis deste vasto e fecundo viveiro estelar.

Nebulosa da Galinha Corredora o que os Telescópios flagram no espaço?

Nebulosa da Galinha Corredora o que os Telescópios flagram no espaço?

Sobre a fotografia da Nebulosa da Galinha Corredora

A imagem recolhida ostenta uma resolução de 1,5 bilhão de pixels e abrange uma área que, aos nossos olhos, corresponderia a cerca de 25 Luas cheias lado a lado. Esta fotografia revela nuvens de gás e poeira em plena luminescência sob o impacto da radiação de estrelas jovens e energéticas que recém emergiram do útero cósmico.

Lambda Centauri, a estrela que se sobressai em brilho no centro da cena, serve como um farol comparativamente próximo, localizado a ‘meros’ 470 anos-luz de nossa posição, uma estrela que pode ser avistada a simples vista em noites límpidas e desprovidas de poluição luminosa.

Estas capturas não apenas embelezam o repertório de imagens do cosmos disponível para o público e cientistas, mas também têm um forte significado científico. As regiões IC 2948 e IC 2944 são áreas de intensa atividade de formação estelar, onde estrelas jovens, ao nascer, moldam e influenciam o espaço ao seu redor através de suas poderosas emissões radiativas.

A compreensão do ciclo de vida destas estrelas e de estruturas como a Nebulosa da Galinha Corredora é essencial para a astronomia, pois ajuda os cientistas a desvendar os mistérios de como as estrelas e os sistemas planetários se desenvolvem e evoluem.

Como a fotografia foi tirada?

A captura desta espetacular visão foi realizada através da OmegaCAM, uma câmera situada no Telescópio de Pesquisa VLT (VST), uma instalação avançada de propriedade do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália, abrigada no observatório do ESO, localizado no deserto do Atacama, Chile.

Para compor essa imagem vasta e rica em detalhes, uma série de centenas de quadros individuais foram meticulosamente unidos, cada qual tendo sido coletado utilizando filtros diferenciados destinados a isolar certas cores da luz. Essa técnica sofisticada permite que os cientistas identifiquem e analisem as várias substâncias presentes na nebulosa, bem como as características das estrelas que nela habitam.

A fotografia em questão se destaca ao realçar detalhes das nuvens conhecidas como Gum 39, 40 e 41, além de exibir um mosaico cintilante de estrelas pulsantes em um leque variado de tons.

Além de seu valor estético inquestionável, a imagem é também fruto da Pesquisa Fotométrica Hα do Plano Galáctico e do Bojo do VST (VPHAS+), um empreendimento de pesquisa cujo objetivo é proporcionar uma compreensão mais aprofundada sobre a jornada evolutiva das estrelas.

Confira também: Conheça GLASS-z12, mais distante GALÁXIA encontrada pelo telescópio James Webb

Eduardo Peres
Escrito por

Eduardo Peres

Redator da WebGo Content desde janeiro de 2022. Tenho interesse por assuntos como história, política, filmes, séries (preferencialmente de ação, aventura e ficção científica), além da literatura e pela tecnologia, principalmente por videogames.

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