Novo Bolsa Família custará aos cofres públicos 51% mais que o programa atual


O novo Bolsa Família, que deve ser instituído em 2022, no ano eleitoral, custará R$ 53 bilhões para os cofres públicos. Curiosamente, esse valor é 51,4% maior do que a verba destinada ao programa em 2021, quando houve um repasse de R$ 35 bilhões.

A nova proposta deve ser encaminhada para o Congresso em agosto, com inclusão no orçamento para 2022. Aqui, damos mais informações sobre o novo Bolsa Família. Continue a leitura e confira quais são as principais mudanças!

bolsa família teto de gastos

O que vai mudar no Bolsa Família em 2021?

O novo Bolsa Família deve contar com um aumento do valor pago mensalmente para os beneficiários. A média em 2021 é de R$ 189,00 e no próximo ano subirá para cerca de R$ 270,00 por família.

Outra mudança divulgada pelo governo é a inclusão de aproximadamente três milhões de famílias, o que fará com que o programa chegue a um total de 17 milhões de beneficiários.

Mas, não é só isso! O presidente também pretende mudar o nome do programa, que foi criado na gestão Lula, para afastá-lo da imagem do PT e transformá-lo em uma das principais vitrines para uma tentativa de reeleição em 2022.

Segundo o governo, a nova versão do Bolsa Família terá vários programas sociais federais sob esse guarda-chuva, abrangendo o apoio à primeira infância, construções de cisternas, programa de aquisição de alimentos, qualificação profissional, entre outros.

Quem conseguir um emprego formal, com registro em carteira, não perderá o benefício. Além disso, quem ficar desempregado não irá para o fim da fila do Bolsa Família. Novas regras especiais serão implementadas nestes casos, todas divulgadas posteriormente se o projeto for aprovado sem alterações.

Outra novidade do programa é que poderá ter uma linha de concessão de microcrédito para famílias que residem em áreas urbanas, bem como crédito consignado e voucher para creche, entre outros serviços especiais para mães com filhos menores de idade.

Há, ainda, a possibilidade de uma premiação em dinheiro para alunos da rede pública que conquistarem boas notas, assim como para aqueles se destacarem em atividades e competições esportivas.

Quando o novo Bolsa Família entra em vigor?

O projeto será encaminhado para o Congresso até agosto de 2021 para começar a ser rodado em novembro. A intenção do governo é implementá-lo como uma alternativa ao auxílio emergencial, que será pago até outubro após a prorrogação anunciada recentemente.

De onde sairá o dinheiro para o novo Bolsa Família?

Para conseguir os R$ 53 bilhões previstos para 2022 para implementar o novo Bolsa Família, o governo terá de cortar despesas e rever possíveis investimentos.

Mas, o governo já conta com recursos da reforma do IR (Imposto de Renda) para bancar o novo programa. De acordo com informações divulgadas pelo próprio governo federal, o ticket médio do Bolsa Família pode ultrapassar R$ 300,00 se a reforma for aprovada.

A equipe econômica já indicou que usará parte da arrecadação obtida com as mudanças nas regras do imposto de renda, o que inclui taxação de dividendos, para pagar os custos com o Bolsa Família.

Impacto do novo Bolsa Família

Segundo o governo federal, uma das principais propostas do novo Bolsa Família é ampliar o número de beneficiários, uma vez que vários estados possuem lista de espera para recebimento da ajuda financeira.

Além disso, a nova versão tem como proposta incluir portas de saída para as famílias beneficiárias do programa, possibilitando que se emancipem e não fiquem dependentes da verba do Bolsa Família para se sustentarem.

É, também, uma forma de o governo reduzir efeitos da crise econômica pela qual o país passa, com alta da inflação sobre alimentos e itens básicos, queda acentuada da renda e elevação expressiva do desemprego, problemas que atingem principalmente os mais pobres.

Alternativa ao auxílio emergencial

Recentemente, o governo divulgou a prorrogação do auxílio emergencial 2021, anunciando o pagamento de mais três parcelas de valores que vão de R$ 150,00 a R$ 375,00 para beneficiários.

O governo pretende pagar o auxílio emergencial até o mês de outubro e não há previsão de renová-lo até momento, porque a proposta é substitui-lo por um Bolsa Família mais amplo, que atinja mais pessoas. No entanto, tudo dependerá da aprovação do projeto do novo Bolsa Família no Congresso.

Gestor de Projetos e Pessoas da WebGo Content. Especialista em SEO e novos Projetos. Formado em Relações Públicas (PUC/PR) e experiência de mais de 10 anos no Marketing Digital.