O que é um Recibo de Depósito Bancário? Como funciona?

Elouise Lopes

03/02/2023

À primeira vista, Recibo de Depósito Bancário pode remeter a um documento, mas na verdade é um tipo de investimento de baixo risco. Na matéria a seguir, você fica sabendo como ela funciona e confere algumas informações importantes.

O que é um Recibo de Depósito Bancário?

Recibo de Depósito Bancário

(Imagem: Eduardo Soares/Unsplash)

O RDB (Recibo de Depósito Bancário) nada mais é do que um produto de renda fixa e baixo risco. Ele é tido como semelhante ao CDB (Certificado de Depósito Bancário).

O CDB tem uma maior liquidez e dá a possibilidade de o investidor fazer o resgate do valor a qualquer momento. Até porque alguns contam com liquidez diária, sendo vantajoso para quem precisa de um valor para resolver uma situação inesperada e não tem de onde tirar.

Diferente do CDB, o cliente que toma a decisão de investir no RDB não pode transferir ou negociar antes da data de vencimento, que é justamente o que diferencia essa aplicação de outros tipos.

Como ele funciona?

Ao fechar negócio e investir no RDB, o investidor espera rentabilidade na data de vencimento do contrato. Podem oferecer essa modalidade:

  • Bancos comerciais e/ou bancos de investimento;
  • Sociedades de crédito ou de financiamento;
  • Cooperativas de crédito.

Isso quer dizer que o emissor deve captar recursos através de um título de renda fixa privado, enquanto o investidor aplica capital para receber rentabilidade.

O investidor pode optar pelos seguintes tipos de aplicações:

  • Prefixada: o investidor sabe o valor do rendimento no momento da aplicação;
  • Pós-fixada: nesse caso, o rendimento é calculado no resgate da aplicação. A taxa geralmente se baseia no CDI (Certificado de Depósito Bancário);
  • Mista ou híbrida: o rendimento tem um indexador (como o IPCA) somado a uma determinada taxa fixa.

Outra informação que não dá para ignorar, até porque vai direcionar bastante o contração, é sobre a tributação. A taxa pode variar de acordo com o tempo transcorrido entre a aplicação e o resgate. Confira a seguir.

  • Até 180 dias: 22,5% de IR sobre a rentabilidade
  • Entre 180 e 360 dias: 20,0% de IR sobre a rentabilidade
  • Entre 360 e 720 dias: 17,5% de IR sobre a rentabilidade
  • Depois de 720 dias: 15,0% de IR sobre a rentabilidade

Quais os riscos?

Comentamos antes que o RDB é um investimento de baixo risco. Embora pequeno, o risco existe. E é importante observar isso na hora de fazer aplicações.

A instituição que garante o funcionamento dessa modalidade de investimento é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Mesmo que a instituição financeira em que o cidadão tenha feito o investimento venha à falência, o investidor tem a segurança de que o FGC poderá fazer a restituição no valor de até R$ 250 mil por CPF e por emissor.

O limite desse seguro da restituição do FGC tem um limite global de R$ 1 milhão a cada 4 anos.

Sendo assim, quem tem interesse de investir muito mais do que R$ 1 milhão vai precisar tomar cuidado redobrado na aplicação. O certo é sempre analisar os riscos para evitar se colocar em maus lençóis.

Em todo caso, é a garantia do FGC que faz o RDB se tornar um investimento de baixíssimo risco.

O Recibo de Depósito Bancário é uma ótima opção para investidores de perfil mais conservador. Também é uma boa alternativa para pessoas que buscam formar um portfólio de investimentos mais diversificado.

Qual é a rentabilidade?

Por via de regra, quando você faz uma alta aplicação, a tendência é ter um retorno proporcional.

No caso da aplicação RDB, o investidor precisa levar em conta onde está colocando seu dinheiro, porque o aporte da instituição (considerando que o RDB não está restrito a bancos) vai ter muita influência sobre a rentabilidade. Por isso, escolha bem a organização.

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Elouise Lopes
Escrito por

Elouise Lopes

Redatora WebGo Content e bacharelanda em Comunicação Organizacional na UTFPR.