Por que os preços estão TODOS altos? Conheça os principais responsáveis pela alta inflação
Os preços estão TODOS altos! Veja quais são os maiores vilões, que causam o aumento da inflação e prejudicam a vida dos brasileiros.
Seja em qualquer estabelecimento comercial ou em conta de serviços básicos, como energia elétrica, água e gás: os preços estão todos altos. O principal motivo para isso acontecer é o aumento, mês após mês, da inflação no país. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, subiu 1,16% em setembro.
O IPCA é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação de setembro foi a maior para o mês desde 1994. No ano, o índice acumulou alta de 6,90% e, nos últimos 12 meses, ele ultrapassou os 10%: 10,25%. Para chegar ao resultado do IPCA, o IBGE avalia os preços de nove grupos de produtos e serviços. No mês passado, sete deles tiveram alta.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de agosto e 28 de setembro de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 29 de julho e 27 de agosto de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.”, informa o IBGE sobre como foi feito o cálculo referente ao mês de setembro.
Quais são os vilões de os preços estarem todos altos?
Em setembro, os grupos que ficaram mais altos foram:
- Habitação: +2,56%;
- Transportes: +1,82%;
- Alimentação e bebidas: +1,02%;
- Artigos de residência: +0,9%;
- Despesas pessoais: +0,56%;
- Saúde e cuidados pessoais: +0,39%;
- Vestuário: +0,31%
No caso da alta de Habitação, o responsável foi o custo da energia elétrica, que aumentou 6,47% no mês. Isso aconteceu porque, em setembro, houve a mudança de bandeira tarifária, instituída pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Ela passou da bandeira vermelha – patamar 2, para a bandeira chamada de “escassez hídrica”. Com ela, é acrescido o valor de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
Além disso, algumas cidades registraram reajustes tarifários na conta de luz. Entre elas:
- Belém (9,43%): reajuste de 8,92%, em vigor desde 7 de agosto;
- Vitória (7,35%) – reajuste de 9,60%, a partir de 7 de agosto;
- São Luís (6,33%) – reajuste de 2,20%, vigente desde 28 de agosto.
Outros fatores que levaram ao aumento do custo da Habitação foram taxa de água e esgoto, mudança na metodologia de cobrança das tarifas, preço do gás encanado e do botijão de gás.
Com relação aos Transportes, o principal vilão pelo aumento do IPCA foi o custo de combustível, que subiu 2,43%. Todos eles tiveram altas:
- Gasolina: +2,32%;
- Etanol: +3,79%;
- Gás veicular: +0,68%;
- Óleo diesel: +0,67%.
O IBGE também afirma que o aumento de preços em serviços relacionados ao Transporte, como passagens áreas, transportes por aplicativos e tarifas de passagens de ônibus intermunicipais contribuíram para esse cenário atual.
Como a inflação impacta a alimentação?
Antigamente, quem queria economizar dinheiro deixava de se alimentar em restaurantes e dava preferência para comer dentro de casa. Agora, com os preços todos altos por conta da inflação, os produtos para alimentação no domicílio subiram 1,19% em setembro.
Confira quais deles mais aumentaram de preço, de acordo com o IBGE:
- Batata doce: +20,02%;
- Batata inglesa: +6,33%;
- Tomate: +5,69%;
- Café moído: +5,50%;
- Frutas: +5,39%;
- Frango inteiro: +4,50%;
- Frango em pedaços: +4,42%;
- Queijo: 2,89%.
Outro levantamento, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizado todos os meses pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 cidades em setembro.
As cestas mais caras foram encontradas em São Paulo (R$ 673,45), Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06).
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, 56,53% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 55,93%.”, informa o Dieese.
Segundo informações da pesquisa, os alimentos que mais subiram de preço nas capitais e que fazer parte da cesta básica foram:
- Açúcar;
- Café moído;
- Óleo de soja;
- Pão francês;
- Leite integral;
- Manteiga;
- Carne bovina de primeira.