Promotoria pede PRISÃO de NEYMAR por suposto esquema de corrupção

Alexandre G. Peres

27/07/2022

O jogador brasileiro Neymar Jr. será julgado por um tribunal de Barcelona, cidade da Espanha, por supostamente estar envolvido em um esquema de corrupção na época em que assinou um contrato com o Barcelona, time pelo qual jogou entre 2013 e 2017. Caso seja condenado, Neymar pode pegar 2 anos de prisão e ser obrigado a pagar uma multa no valor de 10 milhões de euros (o equivalente a aproximadamente R$ 54 milhões).

A ação está sendo movida pelo D.I.S. Esporte e Organização de Eventos LTDA, fundo de investimento privado de futebol que pertence ao grupo Sonda. O fundo possuía 40% dos direitos econômicos do jogador na época em que ele ainda atuava no Santos F. C.

De acordo o DIS e o Ministério Público, que também entendeu da mesma forma, Neymar Jr. e seu pai, Neymar da Silva Santos, assinaram o contrato com o Barcelona sem considerar a participação do DIS, que se sentiu prejudicada pela negociação. A ação também inclui os nomes de Sandro Rossel e Josep Bartomeu, ex-presidentes do Barcelona, que supostamente fizeram parte deste esquema.

Sandro Rossel, aliás, deixou o cargo de presidente do Barcelona em parte pela pressão que sofreu pela suspeita de corrupção. Neymar também saiu manchado na história, com sua imagem na Espanha sendo frequentemente associada ao caso, o que também pode ter motivado sua saída do clube em 2017, quando assinou com o Paris Saint German (PSG).

O julgamento acontecerá entre 17 e 31 de outubro de 2022. A depender do resultado, Neymar pode acabar ficando de fora da Copa do Mundo do Qatar, prevista para começar em 21 de novembro de 2022.

Valor do contrato de Neymar pode ter sido maior

Na época em que contratou Neymar, o Barcelona informou que pagou pelo jogador 57,1 milhões de Euros (aproximadamente R$ 306 milhões na atual conversão).

Porém, após a denúncia do DIS, a justiça espanhola investigou e encontrou suspeitas de que o valor verdadeiro tenha sido de 83,3 milhões de euros (aprox. R$ 453 milhões). A diferença desse valor supostamente teria sido diluída em contratos paralelos.

Mesmo que não sejam condenados por corrupção, Neymar Jr., Neymar da Silva Santos, Sandro Rossel, Josep Bartomeu e possivelmente o ex-presidente do Santos, Santos Odilio Rodrigues Filho, podem ser obrigados a responder pelas irregularidades no contrato e por fraude fiscal.

Alexandre G. Peres
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Alexandre G. Peres

Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.

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