Senado discute hoje (6) emenda que pode tornar a Cesta Básica mais cara; entenda

Felipe Matozo

06/04/2022

Nesta semana, o Senado pode votar a proposta de reforma tributária que, entre outras coisas, acaba com a isenção de impostos para produtos da cesta básica, o que pode deixá-la ainda mais cara.

A reforma é o primeiro item da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que volta a se reunir nesta quarta-feira (6/4). Mas com o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a proposta também pode ser votada no Plenário ainda nesta semana.

Além de ser defendida por Pacheco, a reforma tributária também tem o apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes, que já criticou a lentidão ao tratar da proposta.

Por que a reforma tributária pode deixar a cesta básica mais cara?

Senado discute hoje (6) emenda que pode tornar a Cesta Básica mais cara; entenda

Reforma tributária prevê fim da isenção de impostos sobre itens da cesta básica. Foto: Vinicius de Melo/ Agência Brasília

Atualmente, os produtos que fazem parte da cesta básica são isentos de impostos. No entanto, um dos principais pontos previstos na reforma tributária é o fim desta isenção.

Com isso, além dos aumentos nos preços de itens da cesta básica que o brasileiro vem enfrentando nos últimos anos, o que aumenta a inflação e faz a população perder poder de consumo, é possível que este seja mais um fator para encarecer itens essenciais.

Proposta troca isenção de impostos por programa para famílias de baixa renda

Para tentar compensar o fim das isenções, o texto da reforma tributária também prevê um programa de pagamentos a famílias de baixa renda.

Nesse caso, as isenções seriam substituídas por um programa que devolve parte dos impostos apenas para famílias inscritas no CadÚnico.

No entanto, o relatório não traz detalhes sobre como isso aconteceria. Segundo o texto, as determinações sobre os pagamentos seriam definidas por uma lei complementar a ser discutida após a aprovação da reforma.

Outros destaques da reforma tributária

Além dos pontos já citados, a reforma tributária também prevê a unificação de alguns impostos, como por exemplo:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – substituiria Cofins, Cofins-importação e PIS;
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – substituiria ICMS e ISS.

Outro destaque da proposta é a criação do IS (Imposto Seletivo), que deve substituir o IPI e recair sobre bens ou serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, uma espécie de “Imposto do Pecado”.

Felipe Matozo
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Felipe Matozo

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.

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