São Paulo inicia vacinação da 2ª dose para gestantes que tomaram 1ª dose da vacina AstraZeneca
O governo de São Paulo autorizou a aplicação de uma dose da vacina Pfizer em gestantes e puérperas que receberam a primeira dose da AstraZeneca. Dessa forma, conseguirão completar seu esquema vacinal.
O anúncio foi feito pelo vice-governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB). Confira, aqui, mais informações sobre a vacinação de gestantes e puérperas no estado de São Paulo!
Vacinação de gestantes e puérperas em São Paulo
A vacinação de gestantes e puérperas em São Paulo está sendo realizada normalmente. Mas, em maio ocorreu um evento que afastou esse público da vacinação: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão da aplicação da vacina AstraZeneca contra covid em gestantes após a notificação de uma morte suspeita de uma grávida de 35 anos.
A notificação foi feita pela própria Oxford / AstraZeneca / Fiocruz, já que havia a suspeita de um evento adverso grave de acidente vascular cerebral hemorrágico com plaquetopenia (tipo de trombose muito raro). O caso ainda está sob investigação, mas a Anvisa recomendou a suspensão da aplicação da vacina nesse público até ter uma resposta definitiva.
Desde então, a vacinação de mulheres grávidas e puérperas passou a ser recomendada somente com dois imunizantes: CoronaVac ou Pfizer. O Ministério da Saúde indicou, ainda, que quem tomou a primeira dose da AstraZeneca aguardasse 45 dias após o parto para aplicação da segunda dose.
A vacina da AstraZeneca é segura?
Sim, a vacina é segura, tanto que possui registro definitivo da Anvisa (órgão regulador) para uso no país. O imunizante passou por todos os estudos clínicos necessários e conseguiu aprovação, portanto, pode ser usada sem problema algum.
Ocorre que, como qualquer outra vacina ou medicamento, ela pode ter efeito adverso. As vacinas da Pfizer, CoronaVac e Janssen, outras três aplicadas em todo o país, também podem gerar reações, mas o risco é muito reduzido.
Vale lembrar que o caso de trombose citado anteriormente pode ou não estar associado à vacina AstraZeneca e que a suspensão da aplicação para gestantes e puérperas é somente uma medida preventiva até que se esclareça se ambos os eventos estão relacionados.
Como funcionará a vacinação de gestantes que tomaram a 1ª dose da AstraZeneca?
A gestante ou puérpera que tomou a primeira dose da AstraZeneca deverá retornar ao posto na data indicada em seu cartão de vacinação. Na ocasião, assinará um termo de ciência, que é diferente de um termo de responsabilidade, uma vez que tem como finalidade registrar a data e marca da vacina aplicada, somente.
Tomar doses de vacinas diferentes é eficaz?
A princípio, o Ministério da Saúde vetou a intercambialidade de vacinas (tomar primeira dose de um fabricante e segunda de outro), mas já existem estudos que comprovam que completar o esquema vacinal dessa maneira é eficaz, garantindo um bom índice de imunidade e sem efeitos adversos.
De acordo com autoridades do estado de São Paulo e especialistas, a decisão de aplicar a segunda dose da Pfizer em gestantes e puérperas que já receberam a da AstraZeneca foi feita com base nesses estudos. A finalidade é proteger esse grupo, porque estão em situação de vulnerabilidade à doença.
Segundo o corpo médico que atua junto às autoridades do estado de São Paulo, a mortalidade por covid é maior que qualquer risco que poderia acontecer com a vacina. Não a tomar é deixar mulheres grávidas e puérperas desprotegidas por um longo período, ficando mais suscetíveis à doença.
Calendário de vacinação para gestantes em São Paulo
Gestantes e puérperas de São Paulo que tomaram a primeira dose da AstraZeneca podem comparecer aos postos de vacinação a partir de 23 de julho para aplicação da segunda dose, desta vez a da Pfizer.
Quem precisa tomar a 2ª dose da vacina?
Todas as pessoas que tomaram vacinas de duas doses (CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca) precisam tomar a segunda dose, inclusive as gestantes e puérperas.
A segunda dose é muito importante porque ela oferece uma imunidade maior do que somente uma. Para se ter uma ideia, a primeira dose tem uma eficácia de cerca de 50%. Já na segunda, esse número sobe para 70%.
Por isso, não deixe de tomar a segunda dose! Dessa forma, você estará mais protegido contra a covid-19 e suas principais variantes que circulam no país.