Seguro Pix Santander a partir de R$ 9,99. Veja como fazer e como funciona
Seguro Pix Santander é anunciado pelo banco e deve ser disponibilizado para pessoas físicas em novembro. Ele custa a partir de R$9,99 por mês
Uma novidade foi anunciada neste mês para os consumidores que têm medo de caírem em golpes de transações financeiras: o Seguro Pix Santander foi lançado pela instituição financeira. A mensalidade do serviço custa a partir de R$9,99, dependendo do plano escolhido. Ele garante mais segurança em transferências via Pix, TED, DOC e TEF.
O Seguro PIX Santander deve ser lançado até novembro deste ano para os clientes do banco. A contratação dele vai poder ser feita pelo aplicativo ou em qualquer caixa eletrônico. Por enquanto, apenas correntistas pessoas físicas vão poder ter acesso a ele.
Como vai funcionar o Seguro Pix Santander?
- Seguro Pix Santander deve começar a funcionar em novembro. (Imagem Divulgação)
O Seguro Pix Santander vai contar com três planos diferentes, com custos de R$ 9,99, R$ 18,99 ou R$ 24,99 por mês. Eles vão garantir indenizações anuais de R$ 3,5 mil, R$ 8 mil ou R$ 20 mil, respectivamente. Se o consumidor ultrapassar esses valores, ele não terá mais o direito de receber o dinheiro de volta.
O Santander também reforça que em golpes em que o cliente for enganado ou manipulado a fazer uma transferência de dinheiro via Pix, TED, DOC ou TEF, o valor não será retornado para a conta dele. O objetivo desse tipo de serviço é possibilitar que vítimas de sequestro ou de clonagem do WhatsApp possam ser ressarcidas.
Os crimes envolvendo operações online migram o tempo todo e, atualmente, estão mais expostas as pessoas que possuem aplicativos bancários habilitados no celular. Criamos o produto para dar ainda mais segurança a esses clientes e levar um pouco de tranquilidade a quem eventualmente passar por situações de risco, insegurança ou coação em eventos traumáticos, como um assalto ou sequestro relâmpago.”, explica Marcelo Labuto, diretor de Produtos Pessoa Física do Santander Brasil, em comunicado à imprensa.
Ocorrências envolvendo Pix
Em setembro, o Procon-SP se reuniu com representantes do Banco Central (BC) para solicitar mudanças no sistema de transações instantâneas, o Pix. O motivo disso é explicado pelo número de ocorrências de golpes envolvendo esse serviço no último ano. De janeiro a agosto deste ano foram registradas 2.500 reclamações relacionadas a ele.
As principais foram:
- Devolução de valores/reembolso;
- SAC sem resposta/solução;
- Compra/saque não reconhecido;
- Produto ou serviço não contratado;
- Venda enganosa.
O Procon- SP sugeriu para que o BC institua um limite de R$500,00 nas transações via Pix, para evitar esses tipos de reclamações e que ele crie a possibilidade de fazer estorno de valores em transações realizadas para novas contas bancárias. Além disso, o órgão de defesa ao consumidor ressaltou que, no caso de golpes, os bancos devem ser responsabilizados pelas perdas do cliente.
No final de setembro, o Banco Central instituiu algumas mudanças, como a possibilidade de bloqueio do valor transferido via Pix por até 72 horas, dependendo do horário, dia e perfil do consumidor.
Como funciona o Pix?
O Pix foi lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central. Ele é uma ferramenta de pagamentos instantâneos, que pode ser utilizada em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora.
O acesso ao Pix é feito por meio dos canais de atendimento dos bancos e das instituições de pagamento. Ele pode ser acessado pelo celular, internet banking, agências, caixas eletrônicos ou nos correspondentes bancários, como lotéricas, por exemplo. De uma forma geral, o Pix é um serviço criado pelo Banco Central, mas que é disponibilizado pelos bancos.
De acordo com BC, quatro pilares garantem a segurança do sistema de pagamento:
- Autenticação do usuário: as transações só podem ser feitas em ambientes seguros do banco, que precisam ser acessados por meio de uma senha ou de outros dispositivos de segurança como reconhecimento da biometria e reconhecimento facial;
- Rastreabilidade das transações: todas as operações com o Pix são rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de recursos produtos de fraude, golpe ou crime;
- Tráfego seguro de informações: o tráfego das informações das transações é feito na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN).
- Regras de funcionamento do Pix: o regulamento do Pix prevê medidas de segurança ao cliente, como, por exemplo: os participantes do Pix (instituições financeiras e de pagamentos que ofertam o Pix a seus clientes) devem se responsabilizar por fraudes no âmbito do Pix, que foram causadas por falhas nos seus mecanismos de gerenciamento de riscos.
Para acessar o Pix e fazer transferências ou recebimentos de valores, os consumidores precisam criar uma chave Pix, que funciona para identificar sua conta. Ela pode ser o CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou uma chave aleatória.
Fontes: Tecnoblog, Procon-SP e Banco Central.