Taxa Selic a 11,75%: quanto está rendendo investir R$ 1.000 em Renda Fixa? Vale a pena?

Saiba o que é a Taxa Selic, por que com a nova alta da taxa é interessante fazer investimentos e como ficam os investimentos a R$ 1 mil.


O Comitê de Política Monetária (Copom) tomou a decisão de elevar a chamada Taxa Selic a a 11,75% pela nona vez consecutiva na Segunda Reunião de 2022, que se deu nos dias 15 e 16 de março.

Com a alta da taxa, os rendimentos das principais aplicações de renda fixa acabam sofrendo mudança.

Nesta matéria do NoDetalhe, você entende melhor o que é a Taxa Selic, por que a Selic a 11,75% ao ano pode resultar em melhores investimentos e como ficam os investimentos de R$ 1 mil em Renda Fixa com a nova alta da taxa. Confira!

O que é a Taxa Selic?

Taxa Selic a 11,75%: quanto está rendendo investir R$ 1.000 em Renda Fixa? Vale a pena?
Saiba o que é a Taxa Selic, por que com a nova alta da taxa é interessante fazer investimentos e como ficam os investimentos a R$ 1 mil. (Imagem: Pexels/Divulgação)

O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) é um programa virtual em que os títulos do Tesouro Nacional são comprados e vendidos por instituições financeiras no dia a dia. De maneira resumida, a Selic está ligada aos juros dos títulos públicos que o governo oferece.

Sendo assim, é a taxa Selic que atua como taxa básica de juros da economia brasileira, sendo a principal influenciadora de todas as demais taxas de juros do Brasil. Como exemplo, podemos mencionar aquelas cobradas em empréstimos, financiamentos e até de retorno em aplicações financeiras.

Após a segunda reunião de 2022 do Copom, que aconteceu no dia 16 de março, a Taxa Selic subiu de 10,75% para 11,75% ao ano e essa é a nona alta consecutiva da taxa. A nova alta da taxa implica em mudanças nos rendimentos das principais aplicações de renda fixa.

Como ficam os investimentos de R$ 1 mil em Renda Fixa

De acordo com um levantamento feito pelo estrategista da Casa do Investidor Michael Viriato para o CNN Brasil Business, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) de banco médio é a melhor opção tanto no curto quanto no longo prazo. Considerando uma aplicação de R$ 1 mil ao longo de seis meses, o valor no final do período é de R$ 1.048,48. Ao final de um período de 30 meses, R$ 1.294,96.

Enquanto isso, a pior aplicação é a poupança, que apresenta rendimento de apenas R$ 1.035,71, no curto prazo, e R$ 1.191,78, no longo prazo.

A seguir, você confere as tabelas montadas por Michael Viriato durante suas pesquisas sobre quanto rende uma aplicação de R$ 1 mil com a nova taxa básica de juros — ou Taxa Selic que, como comentamos anteriormente, é a mesma coisa.

Quanto rendem R$ 1 mil nas seguintes aplicações
Tabela montada por Michael Viriato da Casa do Investidor revela quanto rendem R$ 1 mil em diferentes aplicações. (Imagem: CNN Brasil Business/Reprodução)

Vale comentar que foram consideradas as taxas de administração de 0,5% para os fundos e 0,2% para o Tesouro Selic nessas simulações. Também vale destacar que, em contrapartida, essa cobrança pode variar entre fundos e corretoras.

O estrategista Michael Viriato também apresentou os resultados da pesquisa sobre os rendimentos da renda fixa em porcentagem. Confira a seguir.

Investimentos de R$ 1.000 em renda fixa percentual
Tabela montada por Michael Viriato da Casa do Investidor revela quanto rendem R$ 1 mil em renda fixa. (Imagem: CNN Brasil Business/Reprodução)

Por que, com a Selic a 11,75% ao ano, os investimentos podem ser ainda melhores?

Títulos como CDBs, RDC, LCA, LCI, poupança e as debentures costumam acompanhar o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é principal referência de rentabilidade das aplicações em renda fixa e que variam de acordo com as oscilações da taxa de juros.

Desse modo, quando a inflação está alta ou, no caso, a taxa básica de juros, a tendência é que haja uma rentabilidade mais alta para os investimentos.

Com a taxa Selic em 11,75% ao ano, esses investimentos podem oferecer boas taxas para quem deseja levá-los até o vencimento. Ao mesmo tempo, vale ressaltar que esses mesmos investimentos podem representar um maior risco para quem pode se desfazer do título antes disso.

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Redatora WebGo Content e bacharelanda em Comunicação Organizacional na UTFPR.