Medicamentos vão ficar 10,89% mais caros no Brasil, afirma sindicato

Medicamentos podem ficar 10,89% mais caros com a recomposição anual de preços prevista para entrar em vigor nesta semana.


Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), os medicamentos devem ficar 10,89% mais caros no final desta semana.

O reajuste em questão representa um valor máximo que os fabricantes podem aplicar, e leva em conta a inflação e o chamado “fator Y”, divulgado ontem (29/03) pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Este fator calcula os custos de produção que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não capta, como tarifas de eletricidade e variações de preços de insumos e cambial.

O aumento já entrou em vigor?

Medicamentos vão ficar 10,89% mais caros no Brasil
Reajuste anual deve deixar medicamentos 10,89% mais caros até o final da semana. Foto: Canva

O reajuste de até 10,89% nos preços dos medicamentos ainda precisa de autorização por parte do governo federal.

No entanto, o Sindusfarma destaca que, de acordo com a lei, os medicamentos poderão ficar mais caros a partir desta quinta-feira (31). Segundo o sindicato, o reajuste pode ser aplicado em cerca de 13 mil apresentações de medicamentos em todo o país.

Por outro lado, o Sindusfarma também ressalta que o aumento não é automático nem imediato. Isso porque a concorrência entre as empresas do setor acaba regulando os preços.

O governo controla o reajuste de preços de medicamentos de forma periódica, por meio do CMED. Dessa forma, o executivo estabelece um percentual máximo de aumento que estes produtos podem atingir no país.

Como o aumento foi calculado?

Pela lei, o cálculo do reajuste anual dos preços de medicamentos no Brasil acontece com base na inflação e em outros indicadores do setor: os fatores X, Y e Z.

Em 2022, o Comitê Técnico-Executivo da CMED decidiu zerar os fatores X e Z. Com isso, o cálculo para o reajuste deste ano aconteceu com base na inflação medida pelo IPCA, que foi de 10,54%, e no fator Y, que ficou em 0,35%.

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Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.