Inadimplência bate RECORDE no país; saiba quantas pessoas estão devendo
Pesquisa mostra que inadimplência cresceu em agosto e atingiu o maior patamar da série histórica. Veja quantas famílias têm contas atrasadas.
Em agosto, a inadimplência no Brasil aumentou pelo segundo mês consecutivo e atingiu o maior nível já registrado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo a a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada nesta segunda-feira (05/09), 3 em cada 10 famílias brasileiras atrasaram o pagamento de contas ou dívidas.
O percentual de famílias inadimplentes em agosto (29,6%) foi o maior da série histórica iniciada em 2010. Além disso, 10,8% dos consumidores com contas atrasadas dizem que não terão condições de sair da inadimplência.
Por que inadimplência está tão alta?
De acordo com Izis Ferreira, economista da CNC responsável pelo levantamento, o número de famílias com contas atrasadas cresceu nas duas faixas de renda pesquisadas, mas o aumento foi maior entre as famílias de menor renda.
Para a economista, “isso mostra os desafios que esses consumidores seguem enfrentando na gestão mensal de seus orçamentos”.
O principal obstáculo para as finanças dos brasileiros é o aumento dos preços de alimentos, segundo uma pesquisa da PwC Brasil. O estudo revela que 67% dos consumidores são obrigados a direcionar uma parte maior do orçamento para comprar itens essenciais, devido à inflação de alimentos.
Com isso, os brasileiros acabam tendo que diminuir o consumo, e em alguns casos o dinheiro não é suficiente para pagar por todas as contas.
Endividamento também cresce no país
Além da inadimplência, o número de famílias endividadas também cresceu em agosto. Segundo a CNC, em 79% dos lares brasileiros há dívidas a vencer com cartão de crédito, cheque especial ou pré-datado, carnê de loja, empréstimo pessoal ou consignado, prestação de carro e de casa.
A pesquisa revela que 19,4% das famílias tinham dívidas em lojas do varejo em agosto. Nesse caso, houve também um crescimento no endividamento nos carnês do varejo, o que indica que os consumidores estão buscando alternativas para os altos juros do cartão de crédito, segundo José Roberto Tadros, presidente da CNC.
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